Categoria: Geral
Não é Antarctica. Mas virou unanimidade nacional. Aparece de norte a sul desta alegre Pindorama. Faixas, cartazes, classificados anunciam sem cerimônia. É “vende-se apartamentos” pra cá, “conserta-se roupas” pra lá, “aluga-se carros”, “conserta-se sapatos”, “prega-se botões” pra todos os lados. De tanto ver as pérolas, o olhar se acostuma. A crítica relaxa. Todos têm a impressão de que a forma merece nota dez. Mas é […]
Dizem em Brasília que um turista parou em frente ao Palácio da Alvorada. Viu Lula e dona Marisa. Sem saber com quem estava falando, perguntou ao presidente:— Do You speak English?Sem entender, Lula manteve-se calado. O turista não se deu por achado:— Parlez vous français?Lula, nada. O estrangeiro insistiu:— Usted habla español?Nada. Ele tentou mais uma:— Lei parle italiano?Sem resposta, o turista engatou o carro […]
“Não tenho nada com a língua portuguesa. Se você estiver insatisfeiro, reclame ao Camões.”
Dad Squarisi // dad.squarisi@@correiobraziliense.com.br Dois touros disputavam o pasto. Enfrentavam-se com ferocidade. Chifradas pra lá, coices pra cá, sangue pra todos os lados. Perto dali, rãs que observavam o confronto deliciavam-se com a violência dos ataques. Aplaudiam a queda de um ou de outro oponente. Torciam por golpes sempre mais cruéis. Era espetáculo de gladiadores que lembrava os velhos tempos da velha Roma. Uma rã […]
“Os prazos interrompidos durante o recesso recomeçam a ser contados a partir de hoje”, escrevemos na pág. 22. Reparou na redundância? A partir de significa a começar. Bate de frente com recomeçam. Melhor livrar-se de um deles: Os prazos interrompidos durante o recesso recomeçam a ser contados hoje. Os prazos interrompidos durante o recesso serão contados a partir de hoje.
“Não perco o sono com a reforma ortográfica. O mais importante é entender o significado do que se diz e do que se escreve.” José Mindlin, bibliófilo
As imagens parecem cenas de filme de terror. Mas não são. São da guerra em Gaza. Homens, mulheres e crianças vivem como sardinhas. Um milhão e meio de pessoas não podem ir nem vir. Estão encurraladas numa faixa de 362km². De um lado, o mar. De outro, um muro alto que os separa de Israel. Ali só se conjuga o verbo faltar. Falta […]
As imagens parecem cenas de filme de horror. Mas não são. São da guerra em Gaza. Homens, mulheres e crianças estão encurralados. Um milhão e meio de pessoas vivem como sardinhas. Não podem ir nem vir. Estão presas pelo mar e por um muro alto que os separa de Israel. Ali não entra nada. Falta comida, falta água, faltam remédios. O apagão é total. O […]
“Na agência que Helena foi atendida, muitos outros trabalhadores aguardavam a vez”, escrevemos na pág. 13. Viu? Um periodo, dois tropeços. O primeiro conjuga o verbo faltar. Falta a preposição antes do pronome relativo (agência em que Helena foi atendida). O segundo flexiona o verbo sobrar. Pra que o “outros”? Xô!