Moçada, olho no plural

Publicado em Deixe um comentárioGeral

A regra é fácil como andar pra frente. Mas dá nó nos miolos de estudantes e de profissionais com quilômetros rodados. Trata-se de distinguir o singular e o plural de verbos pra lá de conhecidos. Dois deles jogam na mesma equipe. São ter e vir. Vale lembrar que eles têm família. Filhos, irmãos, tios e primos das pequeninas criaturas contribuem para a confusão. A origem […]

Mão no fogo

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Agiu erradamente? Agiu erroneamente? A dúvida bateu no José Cruz. As duas formas lhe pareciam corretas. Mas não punha a mão no fogo por nenhuma. O jeito? Consultar a gramática. Lá, encontrou a resposta. Os advérbios terminados em -mente se formam de adjetivos femininos: bela (belamente), sábia (sabiamente), feia (feiamente), sensata (sensatamente). Existem dois adjetivos derivados de erro. Um: errado. O outro: errôneo. Ambos têm […]

Morfeu, o dono do sono

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Morfeu é um deus grego. Com as asas enormes, voa muito rápido. Num abrir e fechar de olhos, está no Japão. Dali a pouco, vai à Patagônia. Se sente vontade, dá uma voltinha em Nova York. Em seguida, vem a Pindorama curtir o Cristo Redentor. No vai-e-vem, carrega uma papoula na mão. Com ela, faz as pessoas dormirem. Ele toca a criatura com a flor. […]

O sufixo ¿isar não existe

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Os professores repetem e repetem. O sufixo -isar não existe. Mal eles falam, a meninada se lembra de paralisar, analisar, pesquisar. As quatro letrinhas lá estão, firmes e fortes. Também se lembram de civilizar, organizar, catequizar & cia. Como explicar a aparente contradição? É simples. A chave da resposta se encontra no nome que dá origem ao verbo.   Vale o exemplo de analisar. Ele […]

Estrangeiro fica no meio do caminho

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  Filho de peixe peixinho é? É. A hereditariedade não pesa só nos reinos animal e vegetal. Pesa também no linguístico. Por isso as palavras derivadas seguem as primitivas. Sem vacilar, ficam no encalço de pai e mãe.   Se a primitiva se escreve com s, a derivada não hesita. Vai atrás. Se com z, x, ch ou qualquer outra letra, também. Pode ser adjetivo, […]

Dia de saia e batom

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  Vão longe os tempos em que ela era a rainha do lar. Ou os tempos descritos pelo Padre Vieira. “A mulher”, dizia ele, “só deve sair de casa em três ocasiões: no batizado, no casamento e no enterro”. Os ventos mudaram. Embarcando na onda libertária da segunda metade do século passado, ela deu o grito de independência ou morte. Enfrentou preconceitos. Desfilou barriga grávida […]

Arrepios

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  O jornal publicou: “Com suas fardas azuis-marinhos, os PMs ocuparam a área central de Brasília”. O Flatônio viu. Arrepiou-se da cabeça aos pés. Ele aprendeu na escola uma regrinha pra lá de simples. O adjetivo azul-marinho é preguiçoso. Não tem feminino nem plural. Com ele é tudo igual: terno azul-marinho (ternos azul-marinho), vestido azul-marinho (vestidos azul-marinho), sandália azul-marinho (sandálias azul-marinho). Às vezes, o boa-vida […]

Um pra lá e outro pra cá

Publicado em Deixe um comentárioGeral

    O Roberto Pompeu de Toledo escreveu: “Numa parte, o sistema confirmou a capacidade de os Estados Unidos conviverem com situações de incerteza política.” O Aníbal Barca leu. E comentou: “Sei que o texto está correto. Mas gostaria de saber o porquê do divórcio de de e os. Pode me explicar?”   Aníbal, na gramática nem todos são iguais perante a lei. Alguns são […]