Categoria: Geral
O verbo do carnaval? É usufruir. Ao usá-lo, prefira a regência direta, sem preposição. Assim: Na festa momesma, usufruiu a companhia dos amigos. Muitos deixaram o samba pra lá e usufruíram as águas mornas do Nordeste.
O ou u? Em muitas palavras, a pronúncia é a mesma. Mas a grafia não. Arma-se, então, senhora confusão. Uma delas: mudança no significado de vocábulos. É o caso de comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização). É o caso também de soar (emitir som) e suar (transpirar).
Não escreva nem mais nem menos do necessário pra dar o recado. Daí as duas regras de ouro do estilo contemporâneo. Uma: menor é melhor. A outra: menos é mais. Candidatos à tesoura não faltam. Um deles tem a ver com último — usado na indicação de mês, ano e século. Diga último mês (não último mês de janeiro), último ano (não último ano de […]
“…as categorias de base e as do topo da pirâmide — com excessão das da Receita Federal — se uniram para reivindicar melhores salários”, escrevemos na pág. 8. Viu? Pisamos a grafia. Exceção se escreve assim, com ç.
“Meu fumo é minha ioga / Você é minha droga / Paixão e carnaval / Meu zen, meu bem, meu mal.” (Caetano Veloso) “Se o amor é fantasia, eu me encontro em pleno carnaval.” (Vinícius de Moraes) “Eu não quero mais chorar / Por causa de um amor qualquer / Minha dor tem de acabar / No carnaval, se Deus quiser. (Gilberto Gil) “O carnaval […]
É carnaval. Abram alas, que o samba quer passar. E passa. Na alegre Pindorama, começou com Donga. “Pelo telefone” abriu o caminho. Cartola, Pixinguinha, Monsueto de Menezes, Noel Rosa, Clementina de Jesus o seguiram. Hoje existe uma certeza: “Quem não gosta de samba / Bom sujeito não é / É ruim da cabeça / Ou doente do pé”. O sucesso, claro, provocou dúvidas. Uma delas: […]
Sabia? Sufixos adoram mudar de cara. Ora se escrevem de um jeito. Ora, de outro. É o caso do -esco. Em carnavalesco, dantesco, gigantesco e quixotesco, grafa-se com e. De repente, sem esperar a chegada do carnaval, troca o e pelo i. Vira -isco. Chuvisco e mourisco servem de exemplo. Com uma grafia ou outra, o significado se mantém. Esco e isco têm o mesmo […]
Píramo e Tisbe Era uma vez dois vizinhos. Ele se chamava Píramo. Ela, Tisbe. Ambos eram muito lindos. As casas deles ficavam encostadinhas. Mas as famílias eram inimigas. Por isso eles não iam à mesma escola, nem ao mesmo parque, nem ao mesmo clube. Resultado: não se encontravam nunca.Um dia, eles se viram. Foi amor à primeira vista. Mas não podiam falar aos pais sobre […]
“O novo presidente da Câmara decidiu substituir o atual secretário de Comunicação da Casa, Sérgio Chacon, pelo deputado Cleber Verde”, escrevemos na pág. 5. O adjetivo sobra, não? Só se pode substituir o atual secretário. O antigo já foi substituído. Melhor: O novo presidente da Câmara decidiu substituir o secretário de Comunicação da Casa…
Há o samba da gema. E variações pra dar e vender: samba-canção, samba-choro, samba-enredo, samba-exaltação, samba-roda etc. e tal. As duplinhas têm um denominador comum. Aceitam dois plurais. Um: flexionam-se os dois termos (sambas-canções, sambas-choros, sambas-enredos, sambas-exaltações, sambas-rodas). O outro: só o primeiro nome ganha s. Por quê? Subentende-se a expressão que servem de: sambas- (que servem de) canção, sambas- (que servem de) choro, sambas- […]