Categoria: Geral
Mensagem “O autor informa que os dados apontados no artigo referem-se a estatísticas das fontes citadas”, escrevemos na pág. 14. Que coisa! Esnobamos a força do quê. O pequenino é chamado de ímã — atrai o pronome mesmo a distância: O autor informa que os dados apontados no artigo se referem a estatísticas das fontes citadas.
A moda está na moda. No Rio Fashion e na São Paulo Fashion Week, modelos desfilam na passarela. Exibem os últimos lançamentos. Há de tudo. Saias curtas ou longas, calças largas ou justinhas, bolsas grandes ou pequenas, sapatos altos ou baixos, cores vibrantes ou sóbrias. Enfim, a criatividade é o limite. Há, porém, um denominador comum. É a cara das senhoritas que exibem as criações […]
Nos desfiles, uma palavra se ouve nos camarins, nas passarelas, nas arquibancadas. Estilistas, manequins, fotógrafos e comentaristas a enunciam a torto e a direito. Qual é? Isso mesmo. É glamour. Na origem, a dissílaba não tinha nada a ver com moda. Ela se referia à gramática. A coisa nasceu na Escócia. Lá pelo século 17, grammar (gramática) virou glamer — qualidade de quem falava sem […]
Mensagem “Esse é um momento muito difícil pelo qual estamos passando”, escrevemos na pág. 13. O texto se refere ao tempo presente. É a vez do este: Este é um momento muito difícil…
Há pragas que pegam. E crescem. São como fogo morro acima e água morro abaixo. Ninguém segura. É o caso da confusão no emprego das preposições entre e dentre. Por alguma razão que nem Deus explica, o dentre virou moda. Desbancou o entre. Resultado: a meninada, de tanto ver a intrometida no lugar da dona da casa, se embaralha. Acha que o errado está certo. […]
“Se a comunidade internacional não…” Ops! Intervir ou intervier? A dúvida assaltou o entrevistado. Sangue frio, ele fez o que deve ser feito. Trocou seis por meia dúzia: “Se a comunidade internacional não tomar providências, a tragédia se multiplicará”. Ele se safou. Mas a dúvida cresceu. E daí? Intervir é derivado de vir. Um e outro se conjugam do mesmo jeitinho: eu venho […]
Entre os brasileiros mortos no Haiti, estavam militares do Exército. Vale a questão: eles serviam o Exército? No Exército? No sentido de prestar serviço militar, o verbo é transitivo indireto. Exige a preposição em: Uns serviam no Exército, outros na Aeronáutica. Havia também os que serviam na Marinha.
De tanto ouvir a tal “vítima fatal”, a gente se engana. Tem a impressão de a duplinha ser pra lá de correta. Olho na cilada. Fatal é o que mata. O terremoto foi fatal. Roubou a vida de 100 mil pessoas. As criaturas que se foram são vítimas. Mas não fatais (porque não matam). Que tal dizer 100 mil mortos?