Categoria: Geral
Vicário no folclore A frase jocosa atribuída a Jânio Quadros entrou no folclore político. Nela, o bigodudo abusou do vicário: — Por que o senhor renunciou?, perguntaram os repórteres. — Fi-lo (renunciei) porque qui-lo (quis renunciar), respondeu o homem da vassourinha.
Achei! “Você sempre quis que alguém morresse de amor por você. Jesus morreu.” (Tainha Ferreira)
“Enquanto certos animais se adaptam bem às cidades, outros são mais comuns em hábitats naturais”, escrevemos na pág. 16. Ops! Quanto excesso! Habitat dispensa o acento e o adjetivo. Todo habitat é natural. Melhor: Enquanto certos animais se adaptam bem às cidades, outros são mais comuns nos próprios habitats.
Tóxico pertence à equipe de táxi. O xis de ambas as palavras se pronuncia do mesmo jeitinho. Os derivados vão atrás: taxista, taxímetro, intoxicar, antitóxico.
Fim de semana? Final de semana? Ambas as formas merecem nota 10. A preferível? No estilo contemporâneo, menor é melhor. Fico com fim de semana. E você?
Duas abreviaturas sofrem mais que pacientes do SUS. Uma é a forma preguiçosa de apartamento. Bastam duas letras pra dar o recado — ap. Mas muitos insistem em lhe acrescentar peso indesejável. Xô, satanás! A outra é a redução de professor. Prof. é a pequenina nota 10. O feminino ganha um azinho indicador do gênero (profª). O masculino não tem nada com isso.
Mentira? “É a verdade que não soube encontrar sua ocasião”, disse Raul de Leoni. “É uma verdade que se esqueceu de acontecer”, emendou Mário Quintana. E completou: “É a verdade que enlouqueceu”. Machado de Assis a considera tão involuntária quanto a respiração. Seja lá o que for, seja lá o que a motive, a mentira faz parte do cotidiano. Daí por que o povo sabido […]
Memória de elefante O que faz o mentiroso? Mente. Há quem diga que o inventor de histórias tem perna curta. Rapidinho se denuncia. Não falta quem discorde. Ele só mancará se lhe faltar memória. Será? Pelo sim, pelo não, vale relembar a conjugação do verbo mentir. Irregular, ele joga no time de preferir. Na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, troca o e pelo […]
“A autarquia também envolveu as escolas para a escolha do mascote e o jingle da campanha”, escrevemos na pág. 17. Ops! Trocamos o gênero de mascote. A palavra é feminina sim, senhores: A autarquia também envolveu as escolas para a escolha da mascote e o jingle da campanha.
Manchete do Correio Braziliense de ontem: “1,2 milhão vai perder o emprego até o fim do ano”. Leitores protestaram. Choveram e-mails e telefonemas. “O verbo não deveria estar no plural?”, perguntavam todos. A resposta: não. O verbo concorda com o número que está antes da vírgula. No caso, 1 — singular. Eis exemplos: 0,45 milhão, 1,87 bilhão, 2,35 milhões, 400,2 trilhões.