Categoria: Geral
“Entre meio dia e 14 horas, os aviões ficaram praticamente parados”, escrevemos na pág. 11. Reparou? Cochilamos duas vezes. Uma: meio-dia se grafa assim, com hífen. A outra: o artigo se impõe na indicação de horas: Entre o meio-dia e as 14 horas…
Quatorze ou catorze? Tanto faz. Porcentagem ou percentagem? As duas. Ouro ou oiro, louro por loiro? Você escolhe. Cota ou quota? Ambas. Camionete ou caminhonete? A que você preferir. Diabete ou diabetes? Não faz diferença. Caminhante ou caminheiro? Uma e outra põem o pé na estrada. Algumas chegam ao exagero. Têm três caras. É o caso de enfarte, enfarto ou infarto. Ninguém pode com elas. […]
“Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente ridículas.”
As expressões latinas não têm acento nem hífen: habeas corpus, carpe diem, ipsis litteris, mutatis mutandis, sui generis, persona non grata. Se aparecer um ou outro, elas perdem a originalidade. Entram, então, na vala comum dos compostos portugueses. Ganham hífen. Compare: via crucis e via-crúcis.
“Perito da PF examina vidraça quebrada no MEC: confusão criada por estudantes que manifestavam pela greve dos professores”, escrevemos na legenda da pág. 8. Entendeu? Possivelmente não. Falta correção e clareza ao texto. Melhor: … confusão criada por estudantes que se manifestavam a favor da greve dos professores.
Márcio Cotrim Orizona, mais um curioso nome de cidade brasileira – nesse caso, embora possa parecer, nada tem a ver com o estado do Arizona, nos EUA. Trata-se de um município goiano fundado em 1850 com a construção, por Joaquim Fernandes de Castro e José Pereira Cardoso, de uma capela na margem do ribeirão Santa Bárbara. Em 1909, seu nome passou a ser Campo Formoso […]
Os cristãos pensaram grande. Escreveram em latim o nome da celebração que honra o corpo de Jesus na Eucaristia. Não deu outra. Além do caráter religioso, a denominação ganhou toque de charme e algo mais. Na língua dos Césares, o prosaico corpo de Cristo veste-se de solenidade. Vira Corpus Christi.
Mais uma? Pois não. Em latim, sic é advérbio. Significa assim, desse jeitinho. Vem entre parênteses depois de uma palavra com grafia incorreta, desatualizada ou com sentido inadequado ao contexto. Com ela, damos este recado ao leitor: “O texto original é bem assim, por errado ou estranho que pareça. Não tenho nada com isso”. Em suma: o sic deixa a gente dar uma de Pilatos […]
“Pesquisadores norte-americanos descobriram um tipo de célula nervosa produzida no hipotálamo que, em excesso, dificulta a perda de peso mesmo quando se faz dieta e se pratica exercícios“, escrevemos na pág. 19. Reparou? Tropeçamos na concordância. O sujeito (exercícios) está no plural. O verbo não tem saída. Segue-o: …dificulta a perda de peso mesmo quando se faz dieta e se praticam exercícios.
Embaixadores, conselheiros, secretários sírios são considerados personas non gratas mundo afora. Usadas em linguagem diplomática, as três palavras informam que a pessoa não é bem-aceita por um governo estrangeiro. Deve fazer as malas, bater asas e voar. Dura lex, sed lex? Está na cara, não? A lei é dura, mas é lei.