Tropeços caetanos

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Caetano Veloso escreve no Globo. Brinda os fãs com um texto por semana. Nos últimos, deu umas cochiladas. Chamou o acento grave de agudo. Não só. Desatento, escreveu este período: “A não concordância de número nos verbos e adjetivos também me faziam mal”. Os leitores caíram de pau. Sem piedade, puxaram as orelhas do talentoso cantor. Ele chamou o tropeço de “erro perfeito”. Perfeito? Sabe-se […]

À Francisco

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Caetano não parou por aí. Disse que os erros o haviam afastado do objetivo: escrever um texto com o título “À Francisco”. Ops! Crase antes de nome masculino? Antes que alguém lhe lembrasse que a crase não foi feita pra humilhar ninguém, ele se entecipou. Deu uma liçãozinha sobre o assunto. Só se usa o grampinho antes de nome feminino. No caso de “À Francisco”, […]

Casais linguísticos

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Sabia? A língua tem casaizinhos. São os senhores unha e carne. Inseparáveis, os dois têm os mesmos amigos e os mesmos sócios. O que acontece com um acontece com o outro. É o caso dos parezinhos: Trabalho de segunda a sexta, das 8h às 18h. Viu? De…a não pede o grampinho. Mas das…às exige o acento. Por quê? Para ter certeza de que você sabe […]

Berço da palavra 4

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Claraboia Claraboia é a abertura envidraçada, com caixilhos, feita no teto ou em paredes externas de prédios ou casas a fim de permitir a passagem da luz. O berço desse vocábulo é o francês claire-voie, literalmente caminho claro. Em outras palavras, uma abertura no alto das edificações destinada a permitir a entrada de luz ou a passagem de ventilação. O filme Topkapi, com […]

Berço da palavra 3

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Amoque Amoque é o estado patológico de certos povos orientais, caracterizado por alucinações visuais e impulsos homicidas, seguidos de profundo abatimento. O vocábulo tem seu berço no malaio amok. Curioso que, sendo palavra dicionarizada, só nos anos 40 do século passado teve popularidade entre nós. Isso se deveu ao conto do escritor austríaco Stefan Zweig — muito em voga naquela época no Brasil […]

Berço da palavra 2

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Lambreta Assim como a vespa, outro gracioso veículo sobre duas rodas, a lambreta representou um marco no transporte econômico no período de reconstrução da Itália e também do resto da Europa, castigada pela Segunda Guerra Mundial. Os dois veículos, de concepção simples e prática, foram desenhados a partir de conceitos parecidos que geraram natural rivalidade que se alastrou pelo mundo, inclusive no Brasil. […]

Berço da palavra 1

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Márcio Cotrim Camelô Camelô é galicismo. Tem berço no francês camelot, vendedor de artigos de pouco valor, algumas vezes substituído por marreteiro, como em São Paulo. Camelô e ambulante são sinônimos, só que o primeiro é  forma popular e o segundo denominação usada na legislação. Os camelôs, cujo patrono informal é Sílvio Santos, magnata da TV brasileira, historicamente se concentram nas regiões de maior trânsito […]

Michele Pacheco pergunta

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Enviei um e-mail para uma amiga explicando sobre um tratamento que fiz. Lá pelas tantas, escrevi assim: “A partir daí, seguiu-se semanas de uma série de exames”. Relendo o texto, percebi o erro. Seguiu-se? Não seria seguiram-se? Aí bateu a dúvida: semanas de uma série de exames é o sujeito? O sujeito posposto é um dos grandes inimigos da concordância. Pra acertar sempre, basta inverter […]