Categoria: Geral
“Em suplemento especial, o Correio conta quem são cada um deles”, escrevemos na capa. Uiiiiiii! Tropeçamos na concordância. O sujeito quem pede o verbo no singular. O predicativo cada um também. Resultado: é singular ou singular. Assim: Em suplemento especial, o Correio conta quem é cada um deles.
Advogado: ― Doutor, antes de começar a autópsia, o senhor verificou o pulso da vítima? Perito: ― Não. Advogado: ― O senhor mediu a pressão arterial? Perito: ― Não. Advogado: ― O senhor verificou a respiração? Perito: ― Não. Advogado: ― Nesse caso, é possível que a vítima ainda estivesse viva quando a autópsia começou, não? Perito: ― Não. Advogado: ― Como o senhor pode […]
“O juiz julga o que houve, não o que ouve.”
Na legenda da foto do caderno Cidades de 2ª-feira, descubro que “unidade” é um hospital. Viro a página e, na legenda, descubro que “unidade” é um ônibus. Na outra, é escola. O que é “unidade”, afinal? (Alexandre, Brasília) Unidade virou palavra-ônibus. Comporta 1001 significados. Todos imprecisos. É, como você diz, a muleta da moda.
DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br Nossa marca registrada? Temos algumas. As mais marcantes: o jeitinho e a procrastinação. Ambas mantêm relações íntimas. Talvez uma exista por causa da outra. Como vencer a inelutável tendência de deixar para amanhã o que podemos fazer hoje? Se possível, para depois de amanhã, a semana que vem, o ano que vem? Só recorrendo a caminhos abertos por amizade, coleguismo, espírito […]
“Na avaliação de Marco Aurélio, o julgamento não se dará em meio a emoções, sendo os ministros são técnicos que julgam de acordo com a Constituição, e não em meio a influências externas”, escrevemos na pág. 6. Deu pra entender? Não. Melhor reestruturar o período. Assim: Na avaliação de Marco Aurélio, o julgamento não se dará em meio a emoções. Técnicos, os ministros julgam de […]
Os verbos com dois particípios fazem exigências. Com os auxiliares ter e haver, pedem o particípio regular (o terminado em -ado ou -ido). Com ser e estar, o irregular: A polícia tinha(havia) matado o ladrão antes de prendê-lo. O ladrão foi (está) morto. Mas há verbos especialíssimos. Ganhar, gastar e pagar, no português contemporâneo, praticamente só se usam com os particípios irregulares: tinha (havia) ganho, […]
Olimpo era a morada dos deuses gregos. Lá viviam Zeus e Hera, o rei e a rainha. No mesmo monte sagrado, residiam a sedutora Vênus, o belo Apolo, a sábia Minerva, a profetisa Cassandra, o ególatra Narciso, a linda Psiquê, o brincalhão Cupido. Os mortais, então como hoje, homenageavam as divindades. Entre as mil reverências, duas se destacavam. Uma: fazer preces e oferendas. A outra: […]
Os Jogos Olímpicos se caracterizam pela exposição do atleta aos limites da força humana. Não vale recorrer a substâncias estimulantes capazes de elevar de forma artificial a energia dos competidores. O jogo sujo tem nome inglês. É doping.
“A administração pública não se preocupa sobre o que vão dizer”, escrevemos na capa do caderno Informática. Uiiiiii! Pisamos a regência, o assunto mais traiçoeiro da língua. O dicionário de verbos e regimes diz que a gente se preocupa com alguma coisa. Melhor fazer as pazes com a preposição: A administração pública não se preocupa com o que vão dizer.