Categoria: Geral
Márcio Cotrim Na busca do berço dessa palavra, encontramos no blogue do ator Pierre Barth a incrível história que, segundo ele, Tom Jobim contava sobre a origem desse vocábulo. Ele teria surgido num grande circo norte-americano cuja principal atração humorística era um carro velho que se desmanchava com as estripulias dos palhaços. O público se esbaldava e chamava os artistas de volta, daí o call […]
MequetrefeMárcio Cotrim Mequetrefe é o indivíduo intrometido, que dá opinião em assuntos que não lhe dizem respeito, a pessoa inconveniente, popularmente chamada de abelhuda ou enxerida. O termo tem berço controvertido. Há quem defenda sua origem do inglês make trifle, fazer coisas sem importância, ou do árabe mogatref, sujeito petulante, atrevido, ou do português meco, indivíduo + trefo ou trefe ou trêfego, enganador, astuto. Usado […]
Engolir saposMárcio Cotrim A origem dessa expressão popular de certa maneira está na Bíblia. Nela se descreve uma das pragas do Egito: a invasão de milhares de rãs por todo o território do país. Durante a preparação e ingestão de alimentos, nas cidades egípcias, lá estavam os anfíbios. Eles não só invadiam cozinha, quartos e banheiros das residências, mas também os pratos dos habitantes locais. […]
“…em debate promovido pelo Correio Braziliense e pela TV Brasília e exibido a zero hora de hoje”, escrevemos na pág. 21. Cadê a crase? Em caso de dúvida, substitua a hora por meio-dia. Se no troca-troca der ao, sinal de acento no a: …em debate promovido à zero hora de hoje (ao meio-dia de hoje).
“Mais do que a mais garrida a minha pátria tem / Uma quentura, um querer bem.”
“Mas, fora do Parlamento, os brasileiros voltaram a ficar com cara de `palhaço´”, escrevemos na capa. E, na pág. 5, “Embora esteja na política há alguns anos, Russomano também é um `outsider´ no sistema”. Por que as aspas? Expressões populares e palavras estrangeiras dispensam a duplinha sim, senhor.
“De lixo a revolução genética” foi nossa manchete de hoje. Leitores ligaram intrigados. Queriam notícias da crase. O sinalzinho vai bem, obrigada. Mas não tem vez nessa construção. De…a é um dos casaizinhos da língua. O par tem a mesma estrutura. De é preposição pura. A também: Trabalho de segunda a sexta. De lixo a (uma) revolução genética. Da (do)…à é outro. Da (do) é […]
Sucesso neste Brasil tropical? Há dois. Um: a novela Avenida Brasil. O destino de Carminha e Nina toma conta das conversas de bar, dos bate-papos em academias, de longos telefonemas entre amigos. As duas não deixaram por menos. Ganharam capa da revista Veja. O outro: o mensalão. O julgamento, transmitido pela tevê, bate recordes de audiência. Ministros do STF tornaram-se tão populares quanto jogadores de […]
“Considerado fundamental, abrange a distribuição de terras improdutivas, a adequação dessas áreas ao plantio e o fomento de infra-estrutura nas regiões mais distantes”, escrevemos na pág. 19. Viu? O hífen nos pegou de novo. O prefixo infra- pede o tracinho quando seguido de h ou i. No mais, é tudo junto. Assim: infra-herói, infra-ação, infraestrutura.
Leitores estão confusos. Depois que o COI inventou o tal paralímpicos, ninguém sabe se pode usar paraolímpicos. Pode? Claro que sim. O nome oficial da competição é Paralímpicos. Fora isso, o paraolímpico é pra lá de bem-vindo: Os atletas paraolímpicos brasileiros brilham nos Jogos Paralímpicos de Londres. Pode-se falar em “atletas paralímpicos”? Sim. Paralímpico é o adjetivo derivado de paralímpicos. Eu prefiro paraolímpico.