Categoria: Geral
Sou invocado com este tipo de frase: “Lindinha passeia em sua própria história”. Se é sua não é própria?(José Fernandes Costa) Isso mesmo. A duplinha joga no time do pleonasmo. Melhor ficar com uma ou outra. Assim: Lindinha passeia na própria história. Lindinha passeia na sua história.
A mulher que dá à luz um filho pare um filho. Esquisito, não? O verbo parir, embora não pareça, é regular. Conjuga-se em todas as pessoas, tempos e modos. Mas algumas são pra lá de esquisitas. O nó da questão? É o presente do indicativo. A primeira pessoa do singular — eu pairo — confunde-se com o verbo pairar. É perigoso. Uma grávida voando pode dar […]
“…casa situada à Seymour Avenue, no bairro de West Side”, escrevemos na pág. 16. Viu? Tropeçamos na regência. A casa é situada em algum lugar — na rua, na avenida, no bairro, na cidade, no país, no continente. Melhor: … casa situada na Seymour Avenue, no bairro de West Side.
“Muito elogio atrapalha.”
João Eduardo quer tirar 10 na redação do Enem. Mas tem duas pedras no caminho. Uma delas: não gosta de escrever. A outra: considera impossível fazer um bom texto em 30-40 linhas. A limitação de espaço o inibe. Ele fica paralisado. As ideias se vão. Quando reaparecem, é tarde. O tempo acabou. “Me dá uma ajudinha?”, pede o garotão. “Claro que sim”, respondemos nós. Sem mistérios […]
“Com diversas exposições realizadas e livros publicados, sendo co-autor de seis livros com Luis Fernando Veríssimo, o autor comemora a boa fase”, escrevemos na pág. 7 de Diversões&arte. Ops! Esquecemos pormenor pra lá de importante. O prefixo co- tem alergia ao hífen. Com ele é tudo colado: coautor, corresponsável, coordenação.
Oba! Choveu Que bom! Choveu em Brasília. Foram quatro meses de seca, A umidade relativa do ar rivalizava com a do deserto. Beirava os 10%. Ufa! Explica-se, assim, por que chover é o verbo mais conjugado nas redondezas. Quem suplica pela generosidade dos céus conhece as manhas do dissílabo. Não é pouco. O danado é cheio de artes. Você as conhece? Antes de responder, faça […]
“A ortografia é mais que um mau hábito. É uma vaidade.”
“Sai da frente, que atrás vêm rodas”, dizem motoristas sem juízo. Eles transformaram o volante em arma. Enchem a cara de álcool ou droga e pisam o acelerador. Resultado: de cada 100 mortos no país, 25 perderam a vida em batidas e atropelamentos. Muitos pedem penas mais duras para os irresponsáveis. Pedem passagem, então, dois tipos de crime — o doloso e o culposo. O […]
“Quem está no banco traseiro sem cinto será jogado para frente, a 6km/h, contra o encosto do banco dianteiro”, escrevemos na pág. 17. Cadê o artigo? Joga-se “para a frente”. Na dúvida sobre a presença do artigo, basta substituir o nome feminino por um masculino. O pequenino fica claro como a luz do sol: …será jogado para o lado.