Categoria: Geral
“Segundo ele, a tendência do DEM e da oposição seguem nesse sentido”, escrevemos na pág. 5. Viu? Tropeçamos na concordância. O sujeito (tendência) está no singular. O verbo, vassalo incorrigível, vai atrás: Segundo ele, a tendência do DEM e da oposição segue nesse sentido.
O -inho é o sufixo mais popular na formação de diminutivo. Mas convive com montões de outros. Eis exemplos: rio (riacho), parte (partícula), corpo (corpúsculo), jornal (jornaleco), folha (folheto), casa (casebre), chuva (chuvisco), senhora (senhorita), engenho (engenhoca), moça (moçoila), caixa (caixote). Ufa!
Na língua como na vida, há criaturas simples e criaturas sofisticadas. Nada mal, não? Se todos fossem iguais, reinaria a monotonia. Valha-nos, Deus! A variedade torna o mundo divertido. A gramática também. Há diminutivos que exigem idas e vindas pra formarem o plural. Veja: balão (balões — balõe – balõezinhos), João (Joões — Joõe — Joõezinhos), mulher (mulheres – mulhere – mulherezinhas), colher (colheres — […]
A língua rivaliza com o coração de mãe. Pra lá de generosa, muitas vezes admite dois diminutivos. Aí, atenção plena se impõe. Vale o exemplo de pesquisa. Pode-se dizer pesquisinha e pesquisazinha. Viu? Uma forma se grafa com s, a outra, com z. Por quê? Em pesquisinha, o sufixo se cola ao s (pesquis-inha). Em pesquisazinha, não. Ele pede ajuda ao z (pesquisa-zinha).
Há jeitos e jeitos de indicar diminutivos. O mais comum é o sufixo -inho. Vira-lata, ele é popular que só. Cola-se a qualquer radical: menino (menininho), gato (gatinho), cadela (cadelinha), sapato (sapatinho), caderno (caderninho), livros (livrinhos). Socorro! Às vezes, o -inho não tem condições de se colar diretamente ao radical. Se teimar, a pronúncia esquisita machuca o ouvido. Vale o exemplo de pé. Peinho? Nem […]
“Desde a criação do disque-racismo, em 20 de março, 29 denúncias já foram feitas, um aumento de 383%. Todas as denúncias já foram encaminhadas e estão sob investigação”, escrevemos na pág. 19. Ops! Quanto gordura! Que tal uma lipoaspiração? Com ela, adeus, obesidade. Assim: Desde a criação do disque-racismo, em 20 de março, 29 denúncias foram feitas (aumento de 383%). Encaminhadas, encontram-se sob investigação.
“Evitemos falar de nós mesmos e de nos darmos em exemplo. Nada é mais desagradável do que uma pessoa que cita a si mesma a cada passo.”
Sem papas na língua, com jeito de quem bate papo em mesa de bar, Joaquim Barbosa soltou esta brincadeirinha: “Nós temos partidos de mentirinha”. Deputados e senadores não engoliram a gracinha. “O PSDB tem carne e osso. É fortinho”, respondeu o líder tucano. “O PT tem o governo. É fortão”, devolveu o mandachuva petista. Verdade? Mentira? Ninguém sabe. Quem responde pela incerteza é o português […]
Questão de companhia É proibido entrada de estranhos? É proibida entrada de estranhos? A questão aparece em provas a torto e a direito. Diante dela, não dá outra. O manto do esquecimento se abate sobre o estudante. Vale, por isso, repetir a dica. Olho na companhia do sujeito. Se o mandão vem determinado por pronome ou artigo, a locução se flexiona. Caso contrário, mantém-se imutável: […]
“O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, recebe hoje a tarde o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos”, escrevemos na pág. 3. Cadê a crase? Locução adverbial formada de nome feminino pede o acentinho (à tarde, à noite, às 12h, às claras, às escuras). Que tal dar a César o que é de César? Assim: O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, recebe hoje à […]