Lição das ruas 3

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Nem só a grafia foi lembrada no balanço das manifestações. O emprego de palavras também levou vantagem. Um deles: a vez do caro e do barato. Muitos falam em “preços caros ou preços baratos”. Nada feito. Caro e barato estão embutidos na palavra preço. O preço pode ser alto, baixo, elevado, escorchante, reduzido & cia. ilimitada. Caro e barato têm vez? Claro que sim. A […]

Lição das ruas 2

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Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! O emprego do z, do s, do ss e do ç provocam baita dor de cabeça. A razão: existem poucas regras e muitas exceções. A vitória das ruas contribuiu para jogar luz em uma das normas. Ao reduzir o preço das passagens, entrou em cartaz o ç. Substantivos derivados de verbos terminados em -uzir escrevem-se com ç: reduzir (redução), produzir (produção), seduzir (sedução), traduzir […]

Lição das ruas 1

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“O povo unido jamais será vencido”, grita a multidão em coro nas ruas de Europa, França e Bahia. Verdade? Parece que sim. A resposta às manestações confirma a força da voz das ruas. A moçada saiu de casa e exigiu a revogação do aumento no preço das passagens. No primeiro momento, prefeitos e governadores das maiores cidades verde-amarelas disseram não, não e não. Pressionados, voltaram atrás. Anunciaram […]

Leitor pergunta

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Estudo muito. Nem por isso — ou talvez por isso —surgem dúvidas. Entre elas, esta: O correto é afirmar: situações de emergência ou situações de emergências? (Márcio Chagas) Emergência é substantivo abstrato que tem plural — emergências. Mas há contextos em que o singular dá o recado. Como a língua detesta redundâncias, o singular se impõe. Compare: situação de emergência (uma situação), situações de emergência […]

Erramos

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“Dona Alaíde, a mãe de Agnelo, diz que o filho ainda não a comunicou se vai disputar a reeleição”, escrevemos na pág. 25. Ops! Pisamos a regência. A gente comunica alguma coisa a alguém. A quem? No caso, à mãe. O pronome átono que funciona como objeto indireto é lhe. Melhor devolver-lhe o trono: Dona Alaíde, a mãe de Agnelo, diz que o filho ainda […]

Xô, vândalos

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Os bobões que depredaram patrimônio público foram chamados de vândalos. Com razão. Vandalus é o nome da tribo germânica que saqueou Roma há muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo. Faz 2.468 anos. Eles atribuíram a si mesmos o nome Wandal, que quer dizer errante. Nós associamos a denominação a depredações sem sentido. Por quê? Porque os vândalos declararam guerra aos monumentos da cidade. Resultado: a falta de nariz das […]

Quebra-quebra

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Que bobos! Criaturas sem limites vão às ruas promover estragos. Os cariocas tiveram de carregar o peso da ignorância. Amargaram imagem pra lá de deslocada. Meia dúzia de tolos invadiram o prédio do Legislativo e promoveram quebra-quebra das instalações. Foi cena de bangue-bangue. O fato, além de revoltar a maioria pacifista, levantou questão de português. Qual o plural das duplinhas? Eis as respostas: quebra-quebras e bangue-bangues. […]

Por que não?

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Tra-í-do tem acento. Tra-i-ção dispensa o agudo. Por quê? Na separação das sílabas, ambas as palavras parecem subordinadas à mesma regra. O i é antecedido de vogal, forma sílaba sozinho (pode ser com s) e não é seguido de nh. É o caso de sa-í-da, ca-í-da, e-go-ís-ta.   Traição e saidão deixam de preencher o último requisito. Pra ganhar o grampinho, o i precisa ser […]