Categoria: Geral
Casaizinhos A língua copia a vida. Lá e cá existem os casais. O que acontece com um acontece com o outro. De segunda a sexta. De é preposição pura. A só pode ser preposição pura. Em ambas o artigo não tem vez: Trabalho de quarta a sexta. A farmácia faz entregas de segunda a sábado. Vejo tevê de domingo a domingo. * Da […]
Vocativo O ser a quem nos dirigimos é pra lá de elitista. Não se mistura a memhum termo da oração. É sempre – sempre mesmo – separado por vírgula. Na dúvida, basta antepor-lhe o ó: Chegou a hora, (ó) meninos. Pra frente, (ó) Brasil. Avança, (ó) Brasil. Deus, ó Deus, onde estás que não me escutas?
Conjunção coordenativa As conjunções coordenativas têm o lugarzinho delas. É no começo da oração. Mas nem todas têm a fidelidade do cão. É o caso das adversativas e conclusivas. Como gato, elas mudam de casa. Passam, então, pro time das deslocadas. Ficam entre vírgulas: Trabalho muitas horas por dia, porém meu salário é baixo. Trabalho muitas horas por dia; meu salário, porém, é baixo. * […]
Rabo quente As orações são como as pessoas. Algumas dão duro. Trabalham tanto que se sobrecarregam. Têm dois predicados, um verbal e um nominal. O verbal exprime ação. O nominal, o modo de ser do sujeito no momento da ação – o predicativo. Identificá-lo parece difícil, mas não é. Basta saber que ele esconde o verbo estar. Observe a manha: O ministro entrou nervoso. […]
Batman, o homem-morcego Batman é um super-herói diferente de todos os outros. Ele é pessoa normal, sem superpoderes. Pra combater o crime, usa a inteligência, a tecnologia, o preparo físico e a capacidade de investigar. Na vida cotidiana, Batman é Bruce Wayne. Empresário de sucesso, tem tanto dinheiro que nem precisa fazer economia. Gasta muito em viagens, festas e namoradas. Uma delas é a Mulher-Gato. […]
“…outro adepto do ciclismo no amanhecer do dia”, escrevemos na pág. 17. Reparou no pleonasmo? Amanhecer é do dia. Quando não for, a gente diz sobre o que fala (amanhecer do homem, amanhecer da vida). Melhor: …outro adepto do ciclismo ao amanhecer.
“Sinais de pontuação são como os de estrada. Se tivéssemos menos deles, haveria por certo menos acidentes porque as pessoas fariam tudo mais devagar e com maior atenção.”
“Já a editora de Opinião do jornal mostrou aos jovens a importância de se escrever bem”, escrevemos na pág. 25. Viu? Tropeçamos de novo no se. Acompanhado de infinitivo, o pronome só tem vez com verbos pronominais. Melhor aliviar a frase. Assim: Já a editora de Opinião do jornal mostrou aos jovens a importância de escrever bem.
A expressão pontapé inicial é pleonasmo? (Batista) Nem todo pontapé é inicial. Logo, a duplinha não joga no time dos pleonasmos. Joga no dos chavões. A palavra ou expressão, tantas vezes repetida, torna-se arroz de festa. É o caso de pontapé inicial, abrir com chave de ouro, cair como uma bomba & cia. tiveram frescor algum dia. Hoje soam coisa velha. Transmitem a impressão de […]
Reportagens do Correio mostraram a dificuldade de se obter dados relacionados a ocorrências e ações judiciais”, escrevemos na pág. 8. Viu? O se sobra. Que tal se livrar dele? Assim: Reportagens do Correio mostraram a dificuldade de obter dados relacionados a ocorrências e ações judiciais.