Olha o vexame

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A USP saiu na frente. Criou a biblioteca digital com dados sobre corrupção no território nacional e estrangeiro. O nome da novidade? É corrupteca. A palavra tem família pra lá de numerosa. Biblioteca, discoteca, mapoteca, gibiteca, brinquedoteca são alguns dos membros. Elas têm um denominador comum. Trata-se de -teca. A dissílaba vem do grego. Na terra de Zeus, Vênus e Apolo, quer dizer caixa, cofre, […]

Falta português

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O governo bateu o martelo. Vai importar médicos. As associações ligadas à saúde gritaram. Alegam que não há carência de profissionais. Há carência de meios para o trabalho. No setor, conjuga-se o verbo faltar. Ao falar no assunto, os jalecos brancos tropeçaram na concordância. Esqueceram-se de pormenor pra lá de importante. O dissílabo não goza de privilégios. Concorda com o substantivo sem pestanejar. Talvez as […]

Lá e cá

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A morte de Douglas Engelbart trouxe à tona velha diferença entre Brasil e Portugal. Aqui, dizemos que ele é inventor do mouse de computador. Eles deixam o inglês pra lá. Preferem rato. Não só. Em vez de site, ficam com sítio. Em lugar de e-mail, correio eletrônico. A razão? Países colonizados são mais abertos a estrangeirismos. Nações colonizadoras constroem barreiras bem mais sólidas na defesa do […]

Big Brother planetário

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A gente desconfiava. Mas não tinha certeza. Edward Snowden se encarregou de sanar as dúvidas. Europa, França e Bahia são objeto de espionagem dos Estados Unidos. O Brasil reagiu com as armas de que dispõe. Investiga se empresas brasileiras contribuíram para o esquema planetário. Ao escrever a nota, pintou a dúvida. Trata-se da grafia da 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo contribuir. […]

Carícia na língua

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“Oba! Notícia publicada na Veja corteja a língua. O título é “Mulheres hipersuficientes”. Eis o texto: “O TJ do Rio anulou a condenação de Dado Dolabella por agressão a Luana Piovani, alegando que a atriz não pode ser considerada mulher hipossuficiente”. Viu? Os contrários hiper e hipo obedecem à mesma regra. Pedem hífen quando seguidos de h ou quando letras iguais se encontram (hiper-hilariante, hiper-regional, hipo-higiene, […]

Outra gentileza

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“O Cirque du Soleil teve o primeiro acidente fatal em 29 anos de existência”, escreveu a revista na pág. 44. Viva! Fatal quer dizer “que mata”. O acidente rouba vidas. É fatal. Dizer “vítima fatal”? Valha-nos, Deus. A pobre vítima perde a vida. Em bom português: paga a conta com a moeda mais preciosa de que dispõe.

Superinteressante

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A Superinteressante não engana. Traz matérias superinteressantes. A mais recente tem esta chamada de capa: “Como lidar com a tristeza”. As respostas estão ali mesmo. Basta abrir uma janelinha e receber os conselhos. São sete. Ei-los: 1. Tome sol e faça exercício. 2. Acredite no tratamento. Metade dos pacientes é curada pelo efeito placebo. 3. Dividir a vida com alguém reduz a tristeza. 4. Respeite seu […]

Erramos

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“E, não havendo condições temporais para fazer a consulta, qualquer reforma que venha, só se aplicará para as próximas eleições (2016)”, escrevemos na pág. 2. Ops! A vírgula separou o sujeito do verbo. É frasecídio. Melhor ressuscitar o período. Assim: E, não havendo condições temporais para fazer a consulta, qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições (2016).