Categoria: Geral
Há assuntos e assuntos. Alguns aparecem de vez em quando. Aí, pintou a dúvida? Basta uma consultinha e ela se vai. Vale o exemplo do hífen. Não é todos os dias que escrevemos infraestrutura. Ao fazê-lo, se surgir a interrogação, o dicionário tem a resposta na ponta da língua. Mas certos temas estão sempre presentes. É o caso da vírgula e da crase. Elas […]
“O sotaque do país em que se nasce permanece no espírito e no coração assim como na linguagem.”
“No que tange as cotas para seleções públicas, deve ser aplicada a lei”, escrevemos na pág. 11. Cadê o grampinho? Na dúvida, basta substituir a palavra fmeinina por uma masculina (não precisa ser sinônima). Se o troca-troca der ao, sinal de crase (no que tange aos alunos). Melhor: No que tange às cotas para seleções públicas, deve ser aplicada a lei.
Flatônio José da Silva No título “Perguntinhas indiscretas”, saiu este texto: 1. “O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu para que fiquem de fora do debate de segunda-feira cinco perguntas feitas pelo subprocurador Moacir Guimarães”. Corrigindo: O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que fiquem de fora do debate de segunda-feira cinco perguntas feitas pelo subprocurador Moacir Guimarães. Explicação – Erro de regência: o verbo […]
“…bom local para assistir jogos e alugar campos de beisebol e futebol”, escrevemos na pág. 11 do Turismo. Viu? Pisamos a regência do verbo. Transitivo direto, assistir quer dizer prestar assistência (o governo assiste os flagelados). No sentido de presenciar, a preposição pede passagem: …bom local para assistir a jogos e alugar campos de beisebol e futebol.
“A arquitetura e a paisagem dão a liberdade de se viajar muito mais”, escrevemos na capa do Diversão & Arte. Viu? Tropeçamos outra vez na cilada do se. O pronome só tem vez com o infinitivo de verbo pronominal (aposentar-se, formar-se, banhar-se). Os demais agradecem a companhia e mandam-no ficar pra lá, bem longe. Assim: A arquitetura e a paisagem dão a liberdade de viajar […]
Ateu tem feminino? (Fernanda Sereja) Tem, Fernanda. É ateia. Reparou? A reforma ortográfica cassou o acento do ditongo aberto ei das paroxítonas. É o caso de ideia, assembleia e, claro, ateia.
“Em qualquer lugar, ele dava aqueles abraços que fazia você se esquecer de tudo”, escrevemos na pág. 18. Viu? Bobeamos na concordância. O pronome relativo que, sujeito da oração, se refere ao antecedente – abraços. Daí a necessidade do verbo no plural. Assim: Em qualquer lugar, ele dava aqueles abraços que faziam você se esquecer de tudo.
Aparências que enganam — Crase antes de pronome possessivo? Os precipitados têm a resposta na ponta da língua: — É facultativa. Os atentos pensam duas vezes: — Depende da frase. E daí? O pronome possessivo goza de privilégios. Ora vem acompanhado de artigo. Ora não. Por isso, a gente pode dizer: Minha cidade tem duas faculdades. A minha cidade tem duas […]
A tentação do diabo A crase não foi feita pra humilhar. Mas pra tentar. Certas construções dão coceira na mão. Diante delas, o desejo parece irresistível. Ao menor descuido, lá está o acentinho comprometedor. Seguuuuuuuuuuuuuuuuuura! Tentação satânica são as palavras repetidas. Ao vê-las, dobre os cuidados. Pare, pense e controle-se. Lembre-se de que as duplinhas têm alergia à crase. Não aceitam o sinalzinho […]