Erramos

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“Apesar de polêmicas, as mudanças integram a chamada agenda positiva do parlamento, assim como as alterações que serão feitas na Cota para o Exercício de Atividade Parlamentar, o chamado “Cotão”, escrevemos na pág. 5. Virgem Maria! O modismo fez a festa. Melhor mandar o chamado plantar batata. Com ele, as aspas. Assim: … as mudanças integram a agenda positiva do parlamento, assim como as alterações […]

Tudo e todos

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O crack criou asas e voou. Saiu das cracolândias e se espalhou cidades afora. Não satisfeito, chegou ao campo. O Brasil urbano e o Brasil rural afundam no mar de pedras e fumaça. Poucos escapam. Adultos, adolescentes e crianças mergulham sem esperança de volta. A extensão dos dependentes é tal que muitos a chamam de pandemia. “O que é isso?”, perguntam leitores curiosos. A palavra […]

Erramos

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“TCDF investiga a denúncia de que a empresa da família do coordenador do Sistema de Museus do GDF teria recebido dinheiro público sem passar por licitação. Ele nega o suposto favorecimento”, escrevemos na pág. 21. Reparou no excesso de zelo? O “teria recebido” diz que não confirmamos o recebimento. Logo, o “suposto” sobra. Melhor: … empresa da família do coordenador do Sistema de Museus do […]

É senhor paradoxo 1

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Paradoxo? É figura de linguagem. Significa contrassenso, absurdo, disparate. Em bom português: é o contrário do que consideramos lógico, verdade. Artistas adoram o recurso. Com talento e criatividade, Camões brilhou: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer”. Drummond foi atrás: “Estou cego e […]

É pronominal, gente

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Atenção, gente fina. A tragédia da banda Charlie Brown Jr. trouxe às manchetes o verbo suicidar-se. Há seis meses, Chorão se matou. Esta semana, Champignon lhe seguiu o exemplo. Que pena! Ao noticiar o fato, uma regra se impôs. Suicidar-se é sempre, sempre mesmo, pronominal: eu me suicido, ele se suicida, nós nos suicidamos, eles se suicidam.  

Como rasgar dinheiro

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“Ouço no noticiário “arsenal de armas químicas”. Por alguma razão que não sei explicar, parece-me que há certa redundância. Estou certa?”, pergunta Marta Milênia. Está. O xis da questão é armas. Arsenal é de armas. Como estamos em época de vacas magras, desperdiçar palavras pega mal como rasgar dinheiro. Melhor dar o recado no tamanho certo: arsenal químico.

Erramos

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“Quando é temporária, a queda de cabelo pode ser provocada por outros fatores que não estão ligados à herança familiar”, escrevemos na pág. 15. Reparou no modismo? Qual a função do “outros”? Só engordar a frase. Xô! Melhor: Quando é temporária, a queda de cabelo pode ser provocada por fatores que não estão ligados à herança familiar.

Palavras de Herder

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“Eu aprendo outras línguas não para esquecer a minha. Viajo a outros países não para adotar outros costumes. Não me naturalizo estrangeiro para não perder o meu direito de cidadania porque, com isso, estaria perdendo mais do que ganhando. Mas erro por jardins estranhos para colher flores para minha língua, a enamorada do meu pensamento. Observo outros costumes a fim de oferecer os meus ao […]