Categoria: Geral
A Copa bate à porta. É um alvoroço só. Taxistas, garçons, camareiras, recepcionistas correm contra o calendário. Precisam aprender inglês em poucos meses. Chegarão lá? O tempo dirá. Se depender de esforço, a resposta será sim. A moçada persegue metas. Dia após dia, conjuga o verbo faltar. Mas tropeça no português nosso de todas as horas. Diz “falta menos de três meses”, “falta poucos dias”, falta […]
Flatônio José da Silva Na nota “Estranhos no ninho I” (Brasília-DF), saiu este texto: “Os convidados tomaram um susto ao ver o deputado tucano Narcio Rodrigues, secretário de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, na posse dos novos ministros, ontem, no Planalto. ‘O governador Anastasia não pode vir’, justificou”. Corrigindo: “O governador Anastasia não pôde vir”, justificou. Explicação – Erro de tempo verbal: como se […]
Bastante joga em dois times. Pode ser advérbio ou adjetivo. O advérbio é invariável. O adjetivo se flexiona. Como distinguir um e outro? É fácil como tirar pirulito de bebê. Substitua bastante por muito. Se o muito variar, o bastante vai atrás. Se se mantiver impassível, idem. Observe o troca-troca: Comeu bastantes frutas (muitas). Tenho encontrado bastantes pessoas maçantes (muitas). Li bastantes livros durante as […]
Tenho dúvida sobre a regência do verbo perguntar. Pergunta-se alguma coisa a alguém? Para alguém? (Rozalvo Faria) O dicionário de verbos e regimes admite as duas preposições. Pergunte ao professor. Ou pergunte para o professor. A alternativa é uma só — acertar ou acertar.
“José Dirceu, que ontem completou 68 anos no Complexo da Papuda”, escrevemos em legenda da pág. 3. Viu? O texto diz que o ex-ministro está preso há 68 anos. Falso. Pra fazer as pazes com a verdade, temos duas saídas — pedir ajuda à vírgula ou trocar a ordem dos termos. Assim: José Dirceu, que ontem completou 68 anos, no Complexo da Papuda. No Complexo […]
Ônibus pifam no meio do caminho? Os passageiros reagem. Uns depredam os veículos. Outros fazem fogueira de bancos, rodas & cia. que leva e traz. Valha-nos, Deus! Conjugam o verbo atear. Com ele, todo cuidado é pouco. Além de queimar, o trissílabo arma ciladas na conjugação. Ele joga no time de passear e frear. O nós e o vós, no presente do indicativo e do […]
“Se escrevo é primeiro porque amo os homens. Tudo vem disso pra mim. Amo e por isso é que sinto esta vontade de escrever, me importo com os casos dos homens, me importo com os problemas e necessidades deles. Depois escrevo por necessidade pessoal. Tenho vontade de escrever e escrevo. (Isso é pro caso dos versos.) Mas mesmo isso psicologicamente pode ser reduzido a um […]
O maior calo do Brasil? É a reprise de velho drama de tempos idos e vividos: de dia falta água, de noite falta luz. Brasília, Rio, São Paulo & cia. menos visível acordam com as torneiras secas e dormem à luz de velas. Mas o governo faz de conta que nada está acontecendo. Nega-se a pronunciar a palavra racionamento. Bobeira, não? Racionar pertence a família […]
“Curso que encara o inglês de frente”, alardeia a propaganda de escola especializada na língua de Shakespeare. O texto dá tiro no pé. Encarar de frente joga no time de subir pra cima, descer pra baixo, criar novo, erário público, completamente vazio, acabamento final, abusar demais. Basta encarar. Subir, descer, criar, erário, vazio, acabamento, abusar agradecem de joelhos. Mas dispensam a companhia. Sozinhos, dão o recado.
“Por onde houver escravidão, não pode haver educação.”