Erramos

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“…isso não explicaria o motivo pelo qual não houve qualquer pedido de socorro por parte dos pilotos”, escrevemos na pág. 15. Sabia? Em bom português, qualquer não substitui nenhum. Muitos fazem a troca com medo da dupla negativa, construção legítima na linguinha nossa de todos os dias. Melhor: …isso não explicaria o motivo pelo qual não houve nenhum pedido de socorro por parte dos pilotos. […]

Segura, gente

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Pra baixo todo santo ajuda? Dizem que sim. Mas o Brasil não precisou de mãozinhas. Ele mesmo se encarregou de descer a escada que vinha subindo havia 12 anos. Mentiu. Inventou dados e maquiou números. Esqueceu-se de pôr ordem na casa e nas contas. Não deu outra: como diz o conselheiro Acácio, as consequências vêm depois. Vieram: o país perdeu a credibilidade. E agora? Trilhemos […]

Tragédia no ar e na língua

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Adeus, esperança! Depois de duas semanas de busca, acendeu-se a luz sobre o destino do avião que saiu da Malásia e não chegou ao destino. Ele caiu em região remota do Oceano Índico. Ninguém sobreviveu. As autoridades avisaram pais, mães, filhos, maridos, mulheres. Fizeram-no pela via mais rápida e simples — mensagem de celular. A imprensa fez o que deve fazer. Anunciou o fato. Site de […]

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é¿

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“Falemos francamente: aborrece-me ouvir falar corretamente em particular. Deixemo-lo aos conferencistas. O discurso é um quadro: pintura completa e acabada. A conversação é uma série de croquis. Pois bem, meus gostos em conversação são os mesmos que meus gostos em desenho. Peço a um croqui que seja livre, rápido, incisivo, mordaz, forçado. Peço-lhe que passe da medida, que exagere a verdade para a melhor fazer […]

Mais tragédia

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José Fernandes da Costa, de Recife, é leitor atento. Percebe tropeços com a facilidade de quem anda pra frente. Outro dia, ao ler o jornal, bateu os olhos nesta chamada: “O Ministério Público de Pernambuco decidiu, por enquanto, não denunciar o sanfoneiro César Carvalho por lesão corporal leve à Justiça”. Ops! O texto informa que a Justiça foi ferida. Bobeou. A ex-namorada do sanfoneiro é […]

Leitor pergunta 1

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A palavra enchapelar é formada por derivação parassintética? (Nadir Pereira) A língua é pra lá de versátil. Ao formar palavras, dá asas à criatividade. Ora recorre a prefixo (autoescola, supermercado, contra-ataque). Ora a sufixo (martelar, mulherzinha, gostosura). Às vezes apela para a dose dupla. Prefixo e sufixo se colam ao radical ao mesmo tempo: joelho (ajoelhar), chapéu (enchapelar), porco (emporcalhar).