Categoria: Erramos
Paralelismo significa isto: para funções iguais, estruturas iguais. Se um item da enumeração começa com verbo, os demais devem segui-lo. Se com substantivo, idem. É o tal lé com lé, cré com cré. Na edição de hoje, promovemos o lé com cré, cré com lé. Está lá, na pág. 5: quatro itens começam com verbo (ocupar, estabelecer, expandir, promover). Um, com nome (negociações). Nada feito. […]
“A cocaína é uma das piores drogas no sentido de se largar, sendo que 80% dos dependentes que tentam parar voltam em menos de seis meses”, escrevemos na pág. 23. Nossa! Que estrutura torturada! Ninguém fala ou escreve desse jeito. Melhor: A cocaína é uma das drogas mais difíceis de largar. Oitenta por cento dos dependentes que tentam abandonar o vício voltam em menos de seis […]
“Maioria dos líderes confirmados na posse são dos países das américas do Sul e Central”, escrevemos na pág. 4. Nome próprio, mesmo no plural, mantém a majestade. Escreve-se com a inicial grandona. É o caso de Américas. Melhor: Maioria dos líderes confirmados na posse são dos países das Américas do Sul e Central.
“Enquanto a maioria dos colegas de Mateus Machado estava viajando, o jovem, que reprovou o 3º ano do ensino médio, fazia provas em um supletivo”, escrevemos na pág. 21. Reparou no escorregão? Mateus não reprovou nada nem ninguém. Foi reprovado. Melhor:… o jovem, que foi reprovado no 3º ano do ensino médio, fazia provas em um supletivo.
“Em 12 de agosto último, o Sindical conseguiu uma liminar que freiou as nomeações de deputados distritais”, escrevemos na pág. 32. Reparou na intrusa? Frear se conjuga como passear. Passeou não tem i. Freou vai atrás. Só o presente ostenta a letrinha (freio, freia, freiam, freie, freies, freiem). Melhor enxotar a penetra: freei, freou, freamos, frearam.
“Sem acordo entre empresas, sindicatos e governo, chegará o dia em que os aeroportos irão colapsar”, escrevemos na pág. 14. Ops! Outro tropeço no porvir. O auxiliar do futuro composto se conjuga no presente. Assim: Sem acordo entre empresas, sindicatos e governo, chegará o dia em que os aeroportos vão colapsar
“O corpo de Marcelo foi embalsamado e aguardava a chegada de familiares da Itália para ser sepultado. A noiva também foi enterrada ontem”, escrevemos na pág. 11. “Uai”, diria o mineiro. Faltou nexo. O também indica adição. Só teria vez se a frase anterior dissesse que o corpo de Marcelo tinha sido sepultado.
“Mas os campos comercial e econômico ainda continua sendo o motor das relações entre os dois países?”, escrevemos na pág. 14. Nossa! Que desperdício! Ainda indica ação em curso. Continua também. Que tal economizar? Xô, excesso! Melhor: Mas os campos comercial e econômico continua sendo o motor das relações entre os dois países.
“O Clio de Caio Benício derrubou um poste na DF-001: morreu na hora”, escrevemos na legenda da pág. 28. Reparou? O texto diz que o Clio morreu na hora. Falso. Que tal dizer a verdade? O Clio de Caio Benício derrubou um poste na DF-001: o motorista morreu na hora.
“No conjunto, as propostas exigirá do governo renúncia fiscal de R$ 605 milhões”, escrevemos na pág. 16. Ops! Sujeito no plural e verbo no singular? É descuido. A releitura faz as pazes com a concordância: No conjunto, as propostas exigirão do governo renúncia fiscal de R$ 605 milhões