Categoria: Erramos
“Nos últimos três anos, 1.500 funcionários, em média, aposentaram por invalidez no serviço público federal”, escrevemos na pág. 13. Ops! Cadê o pronome? O INSS aposenta o trabalhador. Mas o trabalhador se aposenta. Melhor: Nos últimos três anos, 1.500 funcionários, em média, se aposentaram por invalidez no serviço público federal.
“A discussão pode ainda ser prorrogada para uma próxima reunião caso haja discordância ou pedido de visto”, escrevemos na pág. 21. É pedido de vista, não?
O leitor Erivelton Jaco Batista destaca esta passagem da pág.32: “Ela não foi trabalhar porque a filha, Ingrid Daphane, não foi ir à escola devido à greve”. “Está correta?”, pergunta ele. Não. Trata-se de erro da pressa. O autor escreveu uma forma. Depois, trocou-a. Sem releitura, ficou uma palavra intrusa. Melhor: Ela não foi trabalhar porque a filha, Ingrid Daphane, não foi à escola devido […]
“A alteração do câmbio tende a ser impopular no curto prazo”, escrevemos na pág. 8. Viu? A preposição reclama. Nós compramos, vendemos, tomamos medidas a prazo. O prazo pode ser longo ou curto. Mas a preposição permanece: A alteração do câmbio tende a ser impopular a curto prazo, a longo prazo.
“Comparado com as grandes economias, o Brasil registrou a sexta melhor taxa de expansão”, escrevemos na pág. 9. Ops! Melhor é superlativo absoluto. Não admite gradação. Vivemos muito bem sem ele. Veja: Comparado com as grandes economias, o Brasil registrou a sexta taxa de expansão.
“Há impacto direto na capacidade cognitiva, ou seja, de absorver conhecimentos”, escrevemos na pág. 27. Reparou? Faltou paralelismo. O “ou seja” exige estruturas iguais. O texto oferece duas possibilidades. Uma: Há impacto direto na capacidade cognitiva, ou seja, na de absorver conhecimentos. A outra: Há impacto direto na capacidade cognitiva, ou seja, na absorção de conhecimentos.
“Testemunha ouvida descreveu a crueldade cometida contra dois moradores de rua queimados vivos. Segundo ela, o ataque foi praticado por três jovens bem vestidos”, escrevemos na pág. 25. Olha o hífen de novo. Ou melhor — a falta do hífen. Guarde isto: com bem e mal, desconfie sempre. Consulte o dicionário. Ele dirá que bem-vestido se escreve assim, com tracinho.
“Pesquisador conhecido por controvérsias históricas anuncia ter encontrado, em Jerusalalém, uma caverna datada de antes do ano 70 d.C..”, escrevemos na pág. 20. Acabar período com dois pontos? O português não deixa. Econômico, o sistema se satisfaz com um pontinho solitário. Basta 70 d.C.
“No entanto, algumas empresas tem utilizado o recurso para pegar informações”, escrevemos na capa de Informática. Cadê o chapeuzinho? Ter e vir mantêm o acento no plural (ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm). Melhor: No entanto, algumas empresas têm utilizado o recurso para pegar informações.
“A Polícia Militar de Guarantá do Norte, no Mato Grasso, apreendeu carregamento de 140kg de dinamite”, escrevemos na pág. 7. Chamar Mato Grosso de o Mato Grosso joga no time dos que chamam Goiás de o Goiás ou Pernambuco de o Pernambuco. Os três estados dispensam o artigo. Na dúvida, consulte o dicionário. Leia o verbete do adjetivo correspondente (mato-grossense, goiano e penambucado). O paizão dirá […]