Categoria: Erramos
“…oito dos 11 ministros da composição atual do Supremo rejeitaram a tese”, escrevemos na pág. 2. Reparou no desperdício? Três palavras sobram. Veja: … oito dos 11 ministros do Supremo rejeitaram a tese. Melhor, não?
“Além dos auditores, estão em operação padrão também os defensores públicos da união”, escrevemos na pág. 10. Ops! Uma frase, dois tropeços. Um: além indica adição. Também transmite a mesma ideia. Xô, redundância! O outro: União, no sentido de Estado, é nome próprio. Exige letra maiúscula. Melhor: Além dos auditores, estão em operação padrão os defensores públicos da União.
“Quem seguia na Dose Dupla, no entanto, contaram à polícia que o advogado estava no comando da embarcação”, escrevemos na capa de Cidades. Reparou no cochilo da concordância? O pronome quem pede o verbo no singular. Assim: Quem seguia na Dose Dupla, no entanto, contou à polícia que o advogado estava no comando da embarcação.
“O Projeto de Lei Complementar 94/2011 entrou em vigor em 2011”, escrevemos na pág. 18. Vale lembrar: projeto não entra em vigor. Só a lei.
“Para obter a arrais…”, escrevemos na pág. 18. Na mesma matéria e mesma página, aparece “o arrais”. E daí? O dicionário diz que arrais é substantivo masculino: o arrais.
“O homo sapiens surgiu na África há cerca de 160 mil anos atrás“, escrevemos na pág. 22. Reparou no pleonasmo? Há significa tempo passado. Atrás também. Melhor ficar com um ou outro: O homo sapiens surgiu na África cerca de 160 mil anos atrás. O homo sapiens surgiu na África há cerca de 160 mil anos.
“Ex-presidente da Câmara entre 2003 e 2004, João Paulo Cunha é candidato à prefeitura de Osasco”, escrevemos na pág. 4. Viu? O ex volta ao cartaz. Ex-presidente já era. Não preside. João Paulo Cunha era presidente da Câmara entre 2003 e 2004. Melhor: Presidente da Câmara entre 2003 e 2004, João Paulo Cunha é candidato à prefeitura de Osasco.
“Desde que recuperou-se da anestesia, o petebista só quer saber do julgamento, que começa amanhã no STF”, escrevemos na pág. 2. Viu? Esquecemos o poder do ímã. A gangue do qu (que, porque, o qual, quando, quanto) atrai poderosamente o pronome átono. Ninguém pode enfrentá-la. Melhor ceder. Assim: Desde que se recuperou da anestesia, o petebista só quer saber do julgamento.
“A grosso modo, ministros como Gilmar Mendes, que foi chefe da AGU no governo FHC, não se julgaram impedidos”, escrevemos na pág. 6. A expressão é grosso modo. O a sobra. Xô!
“Shoji Nishijima e outras três pessoas perderam a vida num acidente envolvendo dois carros na G-118″, escrevemos na capa. E, na pág. 16: “O cientista encontra ossos de animais milenares contendo marca de corte”. Reparou? Os gerúndios usurpam o lugar da preposição. Melhor: Shoji Nishijima e outras três pessoas perderam a vida num acidente entre dois carros na G-118. O cientista encontra ossos de animais […]