Categoria: Erramos
“A peculiaridade da arara se dá por seu bico ser tão duro que consegue escavar troncos de árvores para comer larvas e insetos. Se alimenta também de sementes de palmeiras”, escrevemos na pág. 23. Iniciar frase com pronome átono? Na norma culta, é proibido. Melhor: Alimenta-se também de sementes de palmeiras.
“…proibindo sindicatos de promover atos que impeçam o livre acesso de empregados, clientes e veículos ao edifício-sede do prédio dos Correios em Brasília”, escrevemos na pág. 21. Edifício-sede do prédio? Prédio sobra, não? Xô!
“Agora, o grande desafio da Abin e da PF é tentar descobrir para quem o investigador trabalhava”, escrevemos na pág. 4. Os psicólogos dizem que quem tenta não faz. Não é o caso. A Abin e a PF querem descobrir a criatura. Melhor: Agora, o grande desafio da Abin e da PF é descobrir para quem o investigador trabalhava.
“O Brasil é signatário de pelo menos quatro convenções internacionais que têm como compromisso combater à corrupção”, escrevemos na pág. 6. Viu? O acento indicador da crase sobra. A gente combate alguma coisa, não a alguma coisa. Melhor: O Brasil é signatário de pelo menos quatro convenções internacionais que têm como compromisso combater a corrupção.
“Motoristas e pedestres precisam ser bombardeados sobre a importância de se respeitar a legislação”, escrevemos na pág. 21. Viu? O se, na companhia do infinitivo, é penetra. (Ele só tem vez com verbo pronominal.) Melhor: Motoristas e pedestres precisam ser bombardeados sobre a importância de respeitar a legislação. É preciso morar bem.
“A partir de hoje, o STF começa o julgamento de três figuras emblemáticas do partido”, escrevemos na pág. 3. Reparou na redundância? A partir indica começo. Começar também. Melhor diminuir a dose. Basta uma: A partir de hoje, o STF julga três figuras emblemáticas do partido. O STF começa o julgamento de três figuras emblemáticas do partido.
“…milhões de brasileiros acreditaram que nas posições firmes alardeadaspelas autoridades”, escrevemos na pág. 16. Reparou? Tropeçamos na estrutura da frase. A conjunção sobra. Melhor: …milhões de brasileiros acreditaram nas posições firmes alardeadaspelas autoridades.
“Agente alerta para que ele não se submetesse à prova do etilômetro”, escrevemos na pág. 28. Viu? Tropeçamos na correlação verbal. Presente pede presente. Passado, passado. Assim: Agente alerta para que ele não se submeta à prova do etilômetro. Agente alertou para que ele não se submetesse à prova do etilômetro.
“Os assassinatos de três adolescentes infratores em apenas 20 dias dentro do Caje criaram um clima de terror”, escrevemos na capa. Ops! Reparou no plural indevido? É desperdício. Melhor: O assassinato de três adolescentes infratores em apenas 20 dias dentro do Caje criou um clima de terror.
“…em debate promovido pelo Correio Braziliense e pela TV Brasília e exibido a zero hora de hoje”, escrevemos na pág. 21. Cadê a crase? Em caso de dúvida, substitua a hora por meio-dia. Se no troca-troca der ao, sinal de acento no a: …em debate promovido à zero hora de hoje (ao meio-dia de hoje).