Categoria: Erramos
“Não se sabe ao certo se ela segurava a mão do garoto e, por instinto, o arrastou junto, ou se desequilibrou e, na queda, teria esbarrado a criança”, escrevemos na pág. 30. Reparou na regência do verbo? A gente esbarra em alguém, não alguém. Assim: Não se sabe ao certo se ela segurava a mão do garoto e, por instinto, o arrastou junto, ou se […]
“Draghi acalma os espanhois”, escrevemos na pág. 15. Reparou na confusão? A reforma ortográfica cassou o acento do ditongo aberto oi das paroxítonas. É o caso de joia, paranoico, jiboia. As oxítonas permaneceram ilesas: lençóis, anzóis, constrói. E, claro, espanhóis.
“Ontem, a falta de energia ocorreu entre 20h55 e 21h20”, escrevemos na pág. 11. Viu? Deixamos as pobres horas no desamparo. Elas andam sempre, sempre mesmo, acompanhadas de artigo. Assim: Ontem, a falta de energia ocorreu entre as 20h55 e as 21h20.
“Brasil só passa o Paraguai em PIB”, escrevemos na pág. 14. Leitores reclamaram. Entenderam que o Brasil estava adiante do país vizinho somente no PIB e atrás dele em todo o resto. Questão de ambiguidade do enunciado. Melhor dar-lhe clareza. Talvez assim: PIB: Brasil só ganha do Paraguai.
“Ele absolveu o principal personagem petista, mas condenou outros políticos aliados que compunham a base aliada do governo do ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, escrevemos na pág. 3. Cochilo, não? Ex-presidente não tem governo. Quem tem é o presidente. Melhor: Ele absolveu o principal personagem petista, mas condenou outros políticos que compunham a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. […]
“A Hebe deu mais selinho que todo mundo desse teatro junto”, escrevemos na pág. 3 de Diversão&arte. Viu? Tropeçamos no demonstrativo. Quando fez a declaração, Jovane Nunes estava no teatro. O este pede passagem: A Hebe deu mais selinho que todo mundo deste teatro junto.
“Entre eles, um cartão supostamente assinado pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama”, escrevemos na pág. 21. Trocando em miúdos: os EUA têm mais de um presidente. Falso. O país só tem um. Obama é termo explicativo. Exige vírgula. Assim: Entre eles, um cartão supostamente assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
“O levantamento CNI/Ibope revelou que o percentual de brasileiros que confiam na presidenta chega a 73%”, escrevemos na pág. 8. Ops! Olha o contágio! Nós adotamos a forma presidente. Xô, presidenta!
“Hoje, a versão oficial aponta que o erro que beneficiou os parlamentares teria sido ocasionado por uma falha administrativa do Senado”, escrevemos na pág. 2. Ops! Apontar não é verbo declarativo. Ele fala, mas não diz. Por isso, rejeita a conjunção que. A versão oficial aponta erro, mas não aponta que. Melhor: Hoje, a versão oficial afirma que o erro que beneficiou os parlamentares teria sido […]
“O Brasil se queixa de um `tsunami´ de dólares que prejudicaria o real”, escrevemos na capa. Na pág. 10, aparece “tsunami monetário” — assim, com aspas. Vale a pergunta. Por que recorremos ao urubu do texto? Tsunami, empregado em sentido figurado, não tem sentido irônico. No caso, as duplinhas não têm vez. Xô!