Categoria: Erramos
“Valdomiro mora no térreo, enquanto a ex-mulher vive no primeiro andar: tudo o que os dois queriam era cada um ter o seu próprio cantinho”, escrevemos na pág. 24. Reparou no desperdício? Seu próprio é redundância. Melhor escolher um ou outro. Prefira próprio, que não dá ambiguidade: … tudo o que os dois queriam era cada um ter o próprio cantinho.
“Não é só na fachada nem na estrutura do prédio, mas a função do teatro está prejudicada com a qualidade do som e dos acentos”, escrevemos na pág. 17. Que tropeço! O lugar onde nos sentamos é assento, não? Acento, como c, se refere a agudos, graves e cincunflexos.
“…as garras do gato-maracajá são mais longas”, “…os gatos maracajás têm grande capacidade de salto”, escrevemos na pág. 36. Viu? Ora o nome do felino aparece grafado com hífen, ora sem. E daí? O Volp diz que o tracinho se impõe. Assim: gato-maracajá, gatos-maracajás.
“Os brasilienses se despedirão de Oscar Niemeyer em uma das obras primas do artista: o Palácio do Planalto”, escrevemos na pág. 3. Reparou no descuido? Esquecemos o hífen. A dupla obras-primas se grafa assim — com o tracinho.
“Sem a renovação dos contratos, a Cesp perde automaticamente a concessão da usina de Três Irmãos, vencida ainda no ano passado”, escrevemos na pág. 13. Reparou? O ainda sobra. Se é questão de ênfase, a escolha foi inadequada. Melhor: … vencida no ano passado. …vencida desde o ano passado.
“Dilma edita Medida Provisória (MP 579) que estabelece redução de encargos setoriais”, escrevemos na pág. 12. Viu? Tropeçamos nas maiúsculas. Texto legal só ganha letras grandonas em dois casos — quando é numerado, ou tem nome próprio (Medida Provisória 754, Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Não é o caso. Melhor: Dilma edita medida provisória (MP 579) que estabelece redução de encargos setoriais. Dilma edita […]
“Dilma e o Congresso: Dois anos entre tapas e beijos”, escrevemos na pág. 4. Viu? Tropeçamos na maiúscula. Explicação que vem depois de dois-pontos é vira-lata. Inicia-se com a letra pequenina. Assim: Dilma e o Congresso: dois anos entre tapas e beijos.
“Possui, na maior parte do seu corpo, a plumagem de cor vermelha”, escrevemos na pág. 12. Sabia? O pronome possessivo sobra na citação de partes do corpo (coçou os olhos, lavou os pés, levantou a cabeça, acariciou o corpo). Mais: em nome da concisão, o “de cor” sobra. Melhor: Possui, na maior parte do corpo, a plumagem vermelha.
“Mal-entendido entre o governo e a categoria faz o sindicato acreditar que GDF apresentou proposta de reajuste”, escrevemos na pá. 31. Cadê o artigo? GDF exige o pequenino. Assim: Mal-entendido entre o governo e a categoria faz o sindicato acreditar que o GDF apresentou proposta de reajuste.
“Manifesto dos índios agrava a disputa entre etnia e fazendeiros no Mato Grosso do Sul”, escrevemos na pág. 8. Ops! Entramos no time dos que dizem o Goiás, o Pernambuco, o Sergipe. É a receita do cruz-credo. Valha-nos, Deus! Melhor mandar o artigo passear: Manifesto dos índios agrava a disputa entre etnia e fazendeiros em Mato Grosso do Sul.