Categoria: Erramos
“Estão em jogo oportunidades de negócio que incluem desde a rede hoteleira às barracas de lembrancinhas”, escrevemos na capa. Viu? Pisamos o paralelismo. Desde exige o parzinho até. Da pede à. Assim: Estão em jogo oportunidades de negócio que incluem desde a rede hoteleira até as barracas de lembrancinhas. Estão em jogo oportunidades de negócio que incluem da rede hoteleira às barracas de lembrancinhas.
“Normas criadas para disciplinar o uso de tropas de choque em manifestações são alvos de críticas”, escrevemos na pág. 7. É alvo, não? Normas são alvo de críticas. Manifestações são alvo dos órgãos de segurança. Adultos ou crianças são alvo de balas perdidas.
“O juiz Jansen Fialho de Almeida manteve, essa semana, decisão de agosto do ano passado”, escrevemos na pág. 24. Ops! Fechamos os olhos para o calendário. A matéria se refere à semana em curso, não? É tempo presente. O este pede passagem. Melhor: O juiz Jansen Fialho de Almeida manteve, esta semana, decisão de agosto do ano passado.
“Delúbio Soares, outro condenado do mensalão, recebeu uma boa notícia, ontem”, escrevemos na capa. Reparou no desperdício de vírgulas? O adjunto adverbial ontem está no lugarzinho dele — no fim da oração. Sem necessidade de indicar deslocamento do termo, a bengalinha sobra. Xô! Melhor assim: Delúbio Soares, outro condenado do mensalão, recebeu uma boa notícia ontem.
“Em 2003, o ex-ministro Ricardo Berzoini decidiu suspender o pagamento de todos os benefícios dos segurados com 90 anos”, escrevemos na pág. 9. Ops! Pisamos o tempo. Ex-ministro já era. Não faz nem acontece. Melhor corrigir: Em 2003, o então ministro Ricardo Berzoini decidiu suspender o pagamento de todos os benefícios dos segurados com 90 anos.
“Justiça da Suíça bloqueia contas suspeitas de terem recebido recursos do chamado Mensalão do DEM”, escrevemos na pág. 24. Reparou? O modismo, além de sobrar, engorda a frase e dá a impressão de desconhecimento do assunto. Melhor mandá-lo plantar batata em terra infértil. Xô! Assim: Justiça da Suíça bloqueia contas suspeitas de terem recebido recursos do Mensalão do DEM.
“O Condomínio Privê se adiantou ao Ministério Público do Goiás”, escrevemos na pág. 22. Viu? Abusamos do artigo. Goiás dispensa o pequenino (Goiás, de Goiás, em Goiás). Melhor livrar o estado vizinho da carga. Assim: O Condomínio Privê se adiantou ao Ministério Público de Goiás.
“Em muitos espaços, principalmente os mais antigos, sistemas de sucção de água ameaçam quem cai na água para se divertir”, escrevemos na pág. 19. Reparou na falta de paralelismo? E na repetição desnecessária? É bom fazer as pazes com a estrutura e a poupança. Sugestão: Em muitos espaços, principalmente nos mais antigos, sistemas de sucção ameaçam quem cai na água para se divertir.
“…estava de camisa branca e terno azul marinho”, escrevemos na pág. 2 do Super Esportes. Epa! Esquecemos o hífen. A turma do azul se escreve com o tracinho: azul-ferrete, azul-celeste, azul-fino e, claro, azul-marinho.
“Detalhes demais, clareza de menos”, escrevemos na pág. 7. Viu? Caímos numa das armadilhas da língua. O contrário de de menos é de mais — assim, separadinho, um pedaço lá e outro cá.

