Categoria: Erramos
“Acho que fala-se pouco disso”, escrevemos na pág. 5 de Diversão&Arte. Viu? Ignoramos a força da conjunção que. A gangue qu (que, qual, quando, quanto, porque) funciona como ímã. Atrai irresistivelmente o pronome. Assim: Acho que se fala pouco disso.
“A mobilização, que coincidiu com o dia internacional da mulher, foi convocada sete dias antes”, escrevemos na pág. 13. Viu? Tropeçamos nas maiúsculas. Datas comemorativas são nomes próprios. Grafam-se com a inicial grandona: Dia Internacional da Mulher, Dia das Crianças, Dia das Mães, Dia dos Namorados etc. e tal.
“E colocar Vital do Rego na equipe seria torná-lo `indemissível´em caso de reeleição”, escrevemos na pág. 6. Por que as aspas? Os urubuzinhos se usam em citação ou ironia. Não é o caso. Indemissível segue as regras de formação de palavras da língua. É gente de casa.
“No Mato Grosso”, escrevemos na capa de Diversão&Arte. No Mato Grosso joga no time do cruz-credo. Faz companhia a no Goiás, no Sergipe, no Pernambuco. Esses estados não se usam com artigo. Melhor: em Mato Grosso, em Goiás, em Sergipe, em Pernambuco.
“Pode ficar tudo para o Rui Falcão, disse cunha referindo ao presidente do PT”, escrevemos na pág. 2. Reparou? Além da maiúscula, esquecemos o pronome. No caso, referir é pronominal. Melhor: Pode ficar tudo para o Rui Falcão, disse Cunha referindo-se ao presidente do PT.
“Os medicamentos poderão ter os preços reajustados a partir de 31 de março de acordo autorização da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos”, escrevemos na pág. 9. Reparou? Faltou a preposição. Melhor: … de acordo com autorização da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
“Todos os brasis na Sapucaí”, escrevemos na pág. 4. Acertamos no plural. Mas bobeamos no tamanho. Nome próprio plural continua nome próprio. Escreve-se, por isso, com a inicial grandona. Assim: Todos os Brasis na Sapucaí.
“Ao mesmo tempo, a análise de aliados ou adversários dos EUA — Cuba, China, Rússia, Israel etc — revela que o dossiê não é mero esforço de propaganda”, escrevemos na pág. 15. Cadê o ponto? Etc., como pág. e séc., não abre mão do ponto. Assim: Ao mesmo tempo, a análise de aliados ou adversários dos EUA — Cuba, China, Rússia, Israel etc. — revela […]
“7 anos — idade com que Paco iniciou os estudos em violão”, escrevemos na pág. 8 do Diversão&Arte. Ops! Trocamos a preposição. A gente inicia os estudos de arte, de história, de economia, de literatura. E, claro, de violão.
“Nem o Lula tinha em fevereiro e nem a própria Dilma tinha em 2010”, escrevemos na pág. 4. Viu a redundância? Nem significa e não. Antecedê-lo da conjunção é dose dupla. Melhor deixar o ezinho pra lá. Assim: Nem o Lula tinha em fevereiro, nem a própria Dilma tinha em 2010.