Categoria: Erramos
“…a doleira flagrada com US$ 200 mil euros na calcinha foi condenada a 18 anos de prisão”, escrevemos na capa. Viu? Misturamos moedas. Trata-se dólar ou euro? Melhor assumir.
“Há um recurso no STF, relatado pelo ministro Luiz Fux, para tentar restabelecer os processos criminais”, escrevemos na pág. 6. Viu? Conjugamos o verbo desperdiçar. Jogamos no ralo vírgulas e verbo. Como há mais de um processo relatado por Fux, o termo é restritivo. Sem vírgulas. Quem tenta não faz. O recurso restabelece os processos. Melhor: Há um recurso no STF relatado pelo ministro Luiz […]
“Ele colocou uma fita adesiva na boca e nos olhos da mulher e lhe abusou sexualmente”, escrevemos na pág. 20. Ops! Pisamos a regência. O Dicionário de verbos e regimes, de Francisco Fernandes, não deixa dúvidas: abusa-se de alguém ou de alguma coisa: O mau escritor abusa dos adjetivos. Abusamos das pessoas que amamos. Ele colocou uma fita adesiva na boca e nos olhos da […]
“Fundado em 1978, o Parque da Cidade recebe milhares de brasilienses diariamente. Nesse tempo de calor, a sombra das árvores é um convite ao descanso”, escrevemos na pág. 21. Ops! Trocamos o pronome e abusamos do artigo indefinido. Cortemos o excesso e substituamos esse por este, que indica tempo presente. Assim: Neste tempo de calor, a sombra das árvores é convite ao descanso.
“Sem reciprocidade, não se cria laços de confiança”, escrevemos na pág. 15. Ops! Caímos na cilada da voz passiva. Laços é sujeito. O verbo concorda com ele (laços de confiança são criados). Melhor: Sem reciprocidade, não se criam laços de confiança.
“…instituir tarifa única de R$ 1 em todo o sistema coletivo a partir de meia noite de 1º de janeiro de 2015”, escrevemos na pág. 25. Viu? Poucas palavras, três tropeços. Um: meia-noite se escreve assim, com hífen. Dois: a indicação de hora é antecedida de artigo — a partir da meia-noite. Três: meia-noite é o fim do dia; 0h, o começo. Melhor: …instituir tarifa […]
“Segundo os advogados, ela estaria passando em frente ao Museu Nacional quando viu alguns PMs abordando um grupo de jovens”, escrevemos na pág. 22. Estaria? Não. Os advogados disseram que ela estava. Melhor assumir: Segundo os advogados, ela estava passando em frente ao Museu Nacional quando viu PMs abordando um grupo de jovens.
“Caso da neozelandeza Lorde — que arrebatou o mundo com Royals“, escrevemos na pág. 8 de Diversão & Arte. Viu? Bobeamos. A França deu francês; a Inglaterra, o inglês; a Dinamarca, o dinamarquês; e, claro, a Nova Zelândia, o neozelandês. O feminino? Basta acrescentar o a: francesa, inglesa, dinamarquesa, neozelandesa.
“O representante do PR ainda ressaltou as pretenções para aumentar a segurança do trânsito no Núcleo Bandeirante e no restante da capital brasileira”, escrevemos na pág. 15. Ops! Tropeçamos na grafia. O leitor Flatônio da Silva corrige: pretensão e pretensioso se escrevem assim, com s.
“Aécio destaca trajetória do avô Tancredo e destaca a própria gestão no governo de Minas”, escrevemos na capa. Reparou no desperdício? Dose dupla de destaca é excesso. Basta uma referência: Aécio destaca trajetória do avô Tancredo e a própria gestão no governo de Minas.