Categoria: Erramos
“A decisão dela renunciar foi um pouco tarde, mas vamos acertar”, escrevemos na pág. 9. Lembra-se? O sujeito é pra lá de elitista. Não se junta jamais à preposição. Quando os dois se encontram, fica um lá e outra cá. Assim: A decisão de ela renunciar foi um pouco tarde, mas vamos acertar.
“Como todos sabem, euros e libras chegam a valer quatro vezes o valor do real”, escrevemos na capa do Turismo. Vamos combinar? Se todos sabem, não precisa dizer. Se disser, desqualifica o dito. Melhor livrar-se da generalização. Assim: Euros e libras chegam a valer quatro vezes o valor do real”.
“Dizem que esse é o preço a se pagar por todos os erros cometidos por Dilma Rousseff desde que ela tomou posse em 2011″, escrevemos na pág. 9. Reparou na gastança de palavras? Em época de vacas magras, é melhor economizar. Assim: Dizem que esse é o preço a pagar pelos erros cometidos por Dilma Rousseff desde que tomou posse em 2011.
“Ainda que seja precoce qualquer avaliação sobre o Governo do Distrito Federal, é preciso elogiar três medidas”, escrevemos na pág. 10. Viu? Abusamos da maúscula. Governo do Distrito Federal, aí, não é a sigla (GDF). É como se disséssemos governo de SP, governo do Rio, governo do RS. Letra minúscula, pois: Ainda que seja precoce qualquer avaliação sobre o governo do Distrito Federal…
“Enquanto isso, no Maranhão… O novo governador Flávio Dino contava com as obras para alavancara economia estadual”, escrevemos na pág. 4. O texto diz que o Maranhão tem mais de um governador. Falso. Pra dar o recado correto, o termo explicativo deve vir entre vírgulas. Mais: o adjetivo novo sobra. Melhor: O governador, Flávio Dino, contava com as obras…
“Falta saúde pública no país, mas teremos olimpíadas no ano que vem”, escrevemos na pág. 12. Reparou no descuido? Olimpíadas é nome próprio. Escreve-se com a letra inicial bem exibida.
“… os insatisfeitos de seu partido e de sua base aliada encontrarão poucos motivos para apoiar a seca programada nas verbas que lhes beneficiariam”, escrevemos na pág. 10. Viu? Pisamos a regência. Beneficia-se alguém. O pronome que funciona como objeto direto é o (a): … para apoiar a seca programada nas verbas que os beneficiariam.
“Talvez no futuro nós consigamos medir o tamanho da obra do Dr. Aloysio”, escrevemos na pág. 18. Vamos combinar? Aloysio Campos da Paz merece todas as homenagens. Mas a língua mantém a neutralidade. Cargos e títulos se escrevem com inicial minúscula. É o caso de presidente, ministro, professor etc. e tal. Melhor: Talvez no futuro nós consigamos medir o tamanho da obra do dr. Aloysio. […]
“Protesto por atropelamento de Edimar Gomes, que pedalava quando foi atingido por um carro em zigue-zague, reúne cerca de 500 pessoas no Gama”, escrevemos na capa. Reparou? Demos recado contrário. Culpa da preposição por. Protesto por é reivindicação (protesto por melhores salários). No caso, o protesto é repulsa. Melhor: Protesto contra atropelamento de Edimar Gomes…
“Paulo Roberto Costa acredita que Nestor Cerveró e Fernando Baiano podem ter embolsado até US$ 30 milhões”, escrevemos na pág. 2. Ora veja! Muitos mataram e enterraram o subjuntivo. Nós estamos entre eles. Mas o homem põe e o texto dispõe. O período exige que o ressuscitemos. Assim: Paulo Roberto Costa acredita que Nestor Cerveró e Fernando Baiano possam ter embolsado até US$ 30 milhões.