“Nós, mulheres, também não podemos errar. É muito importante que tenhamos mulheres em áreas que só tem homem”, escrevemos na legenda da pág. 4. Cadê o acento? O plural de tem é têm. Será que fizemos confusão com a reforma ortográfica? Pra desatar o nó dos miolos, vale o toque: a reforma só atingiu as paroxítonas. Oxítonas e monossílabos tônicos continuam como dantes no quartel […]

“Nunca comparecer a um encontro marcado virtualmente sozinho”, escrevemos na pág. 15. Viu o problema da colocação? O encontro não é marcado sozinho como diz o texto. O sozinho se refere a comparecer. Assim: Nunca comparecer sozinho a um encontro marcado virtualmente.

“Policiais federais encontraram em um dos endereços do ex-técnico judiciário Hélio Garcia Ortiz em Brasília um centro de treinamento para rinhas de galo”, escrevemos na pág. 21. Acredite: rinhas são sempre de galo. O “de galo” sobra.

“Com 680 árvores nativas do cerrado, além de espécies frutíferas — como abacateiros e mangueiras — e ornamentais, a SQN 216 Norte é uma das mais arborizadas de Brasília”, escrevemos na capa. Frase manca, não? A colocação prejudicou o ritmo. Para fazer as pazes com a harmonia, o termo maior deve vir depois do menor. Assim: Com 680 árvores nativas do cerrado, além de espécies ornamentais e […]

A praga mais recente? É realizar. Elástico, o verbo usurpa o lugar de fazer, promover, organizar & cia. ilimitada. Vale o exemplo da pág. 19: “A paróquia é responsável por organizar e realizar as festas religiosas da cidade. Além das atividades religiosas, a paróquia realiza ações sociais. Uma vez por ano, a igreja realiza cerimônia de casamento coletivo”. Ufa! Que tal variar? Eis uma possibilidade: […]

“O tumor maligno ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir rápido e de forma desorganizada”, escrevemos na pág. 24. A que órgão nos referimos? À mama, citada no parágrafo anterior. No caso, o este não tem vez. O esse pede passagem: O tumor maligno ocorre quando as células desse órgão passam a se dividir rápido e de forma desorganizada.

“O fluxo chegou a 500 m³ de água por segundo”, escrevemos na pág. 15. Que coisa, hein? Esquecemos pormenor pra lá de importante. A abreviatura de metros obedece à regra do sem-sem — sem espaço e sem plural. Assim: O fluxo chegou a 500m³ de água por segundo.

“Quem ainda tiver fôlego, terá muito o que aproveitar”, escrevemos na pág. 8. Ops! A vírgula separa o sujeito do verbo. Resultado: com a cabeça lá e o corpo cá, matamos a frase. O frasecídio leva pro xilindró.

“O que nós devemos acelerar, independente do nome, é, já em 2009, começar a montagem dos palanques”, escrevemos na legenda da pág. 4. Reparou? Dois problemas. Um: a troca de independentemente por independente. O outro: a sobra do verbo começar. Corrigido, o texto fica assim: O que nós devemos acelerar, independentemente do nome, é, já em 2009, a montagem dos palanques.

“As inscrições, que se encerrariam neste último sábado, agora vão até o dia 8 próximo”, escrevemos na capa do Simuladão. Alguma coisa sobra, não? É o este. A presença do “último” torna-o dispensável. Melhor enxugar a frase. Assim: As inscrições, que se encerrariam no último sábado, agora vão até o dia 8 próximo.