Categoria: Erramos
“…observa o economiário, aficcionado por veículos antigos”, escrevemos na pág. 36. Reparou? Desperdiçamos letras. Aficionado se escreve assim, com um c.
A maior qualidade do estilo? É a clareza. A pior? A ambiguidade. A manchete de hoje serve de exemplo: “Governo segura verbas e sobra para o DF”. A primeira leitura permite concluir que abundam verbas para a capital. Não é isso. Melhor: Governo segura verbas da oposição e prejudica o DF.
“Afinal, ainda se vende no país remédios de tarja vermelha sem receita médica”, escrevemos na pág. 16. Ops! Cadê a concordância? Caímos na cilada da passiva com se. Remédios é o sujeito (remédios são vendidos). O verbo não tem saída. Tem de se flexionar no plural: Afinal, ainda se vendem no país remédios de tarja vermelha sem receita médica.
“A família Borba é representante do novo perfil detectado pela pesquisa do Mtur: viajam em companhia de filhos e cônjuge; dão preferência a transporte terrestre…” Reparou no tropeço da concordância? O sujeito é família. Os verbos devem ficar no singular: A família Borba é representante do novo perfil detectado pela pesquisa do Mtur: viaja em companhia de filhos e cônjuge; dá preferência a transporte terrestre…
Mensagem “Colocar um jabuti é jargão usado à exaustão para se referir à inclusão de medidas que não tem nada a ver com o texto original”, escrevemos na pág. 2. Cadê o acento? O verbo ter, na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, usa chapéu: ele tem, eles têm.
“Teclas pequenas, menus complicados e a necessidade de se realizar longas operações até atingir um simples objetivo fazem que número grande de idosos se afastem das novas tecnologias”, escrevemos na pág. 16. Reparou? O primeiro se sobra. Se sobra, não tem vez. Xô!
“Falta o voto no plenário do Senado para o Brasil ratificar a adesão da Venezuela ao Mercosul. Ingresso dependerá apenas do Paraguai”, escrevemos na pág. 22. Falso, não? Faltou a transição: Depois do sim, o ingresso dependerá apenas do Paraguai.
“Pela nova lei, que vai à sanção do Presidente, o inquilino sem fiador poderá ser despejado”, escrevemos na pág. 25. Sua Excelência que nos perdoe, mas grafamos presidente com a inicial pequenina.
“Antes de se formar em jornalismo pela UnB, ele também atuou como professor de português em várias escolas”, escrevemos na pág. 28. Faltou releitura, não? O “também” sobra.
Mensagem O leitor Pedro Dantas escreve: “Lendo o Correio hoje, quase tive uma síncope. Na página 27, vi o título `Descrição é ordem´. Uau! No caso do senhor Jesus Luz, não seria `discrição´ a palavra correta para designar o seu comportamento?” Claro que sim. Uma letra faz a diferença. Descrição é o ato de descrever. Discrição, de ser discreto. .