“Nunca antes na história desse país houve caso de prisão de governador, prefeito, deputado, empresário e banqueiro”, escrevemos na pág. 3. Que país? O país em que o falante está. É a vez do este: Nunca antes na história deste país…

“A música Lady Laura, cantada num momento de muita emoção, foi a última homenagem feita pelo rei Roberto Carlos à sua mãe, Laura Moreira Braga”, escrevemos na capa. O sua sobra, não?

“Mas o fato é que a equipe celeste se perdeu pela falta de entrosamento e acabou derrotado pelo time do Vale do Aço”, escrevemos na pág. 7 do Super Esportes. Ops! Quem acabou derrotado? A equipe celeste. Vem, concordância: Mas o fato é que a equipe celeste se perdeu pela falta de entrosamento e acabou derrotada pelo time do Vale do Aço.

“O PMDB mineiro tem votos suficientes para melar alianças…caso não saiam satisfeitos com o acordo regional”, escrevemos na pág. 16. A concordância? A distância comeu. Bastou o sujeito (PMDB) ficar longe para cairmos na cilada. Melhor corrigir: O PMDB mineiro tem votos suficientes para melar alianças…caso não saia satisfeito com o acordo regional.

Mensagem “Roriz chegou ao Ministério Público do DF como cidadão comum, onde prestou depoimento por cerca de duas horas”, escrevemos na pág. 34. Onde está o onde do onde? O pronome relativo substitui o antecedente. Para ter vez, o onde precisa se relacionar a lugar (Minha terra tem palmeira / onde canta o sabiá). Cidadão comum não é lugar. Melhor: Roriz chegou ao MP do […]

“Os petistas chegaram a ensaiar um movimento de rebate na Câmara dos Deputados, mas adotou a estratégia do silêncio”, escrevemos na pág. 3. Ops! Cadê a concordância? A lonjura comeu. Sujeito distante do verbo é cilada certa. Pra escapar, só há uma saída — dobrar os cuidados: Os petistas chegaram a ensaiar um movimento de rebate na Câmara dos Deputados, mas adotaram a estratégia do […]

Na língua existe a regra do lé com lé, cré com cré. É o paralelismo. Em bom português: funções iguais exigem estruturas iguais. Vale o exemplo da pág. 20. Ali há uma enumeração de 10 itens. Todos começam com imperativo (tente, não sirva, experimente). Mas o sexto foge à regra (“Convidar crianças para participar…”) Não vale. Melhor pô-lo nos trilhos: Convide crianças para participar do […]

“Disse que Fernando Henrique se esconde atrás do charme de defender a discriminalização da maconha”, escrevemos na pág. 3. Ops! É descriminalização, não? O des-, aí, tem o mesmo sentido que em desobediente, desonesto, desfazer.

“De cada quatro casos da doença, um foi registrado em pessoas com idade de 0 a 15 anos”, escrevemos na capa. Ganha um bombom quem encontrar alguém com 0 ano. Ninguém ganhará. A razão: zero ano não existe. O ano se conta a partir dos 12 meses. Melhor: De cada quatro casos da doença, um foi registrado em pessoas de até 15 anos de idade.

Mensagem “…o deputado Tadeu Filippelli espera o melhor momento para negociar o passe do partido, que pode valer, vaga ao Senado Federal ou até a vice-governadoria”, escrevemos na pág. 25. Reparou? A vírgula depois de “valer” separa o verbo do objeto.Comete frasecídio. Xô!