Categoria: Erramos
“A União vai cobrar R$ 110 mil por cada um dos 174 lotes do Condomínio Vivendas”, escrevemos na capa. Leitores gemeram. É que os ouvidos reclamaram. A razão: duas sílabas se encontraram e formaram porcada. Melhor fugir da indesejada: A União vai cobrar R$ 110 mil por lote…
“Se considerarmos as multas aplicadas no país relativamente às doações irregulares, chegaremos na cifra de R$ 500 milhões”, escrevemos na pág. 2. Ops! Tropeçamos na regência do verbo. Chega-se a alguma cifra: …chegaremos à cifra de R$ 500 milhões.
“A socialite Wilma Magalhães, que ficou presa por seis meses na Penitenciária Feminina em 2008, volta aos holofotes com sua candidatura à distrital”, escrevemos na pág. 24. Viu? A crase sobra. Na dúvida, basta partir para o troca-troca. Substituindo o feminino pelo masculino, o artigo não aparece — sinal de ausência do encontro de dois aa: candidatura a deputado, candidatura a senador, candidatura a distrital.
“Mas houve consenso para reunir os deputados (nas sessões de votação) só nas terças-feiras”, escrevemos na pág. 33. Trata-se de todas as terças-feiras até as eleições, não? Então a preposição é outra: Mas houve consenso para reunir os deputados (nas sessões de votação) só às terças-feiras.
“A polícia ainda não está cumprindo mandato de prisão contra um diretor da Volkswagen em São Paulo”, escrevemos na pág. 12. Ops! Uma letra faz a diferença. Mandato é representação; mandado, ordem: O mandato de senador é de oito anos. A polícia cumpre mandado de prisão.
Ambiguidade? É isto: “Uruguai e Holanda se enfrentam hoje com o sonho de se tornarem os primeiros finalistas do Mundial”, escrevemos na pág. 8 do Super Esportes. Leitores questionaram. Ambos serão finalistas? Não, só um. Por questão de clareza, temos de mudar a redação. Talvez assim: Uruguai e Holanda se enfrentam hoje. Um deles realizará o sonho de se tornar o primeiro finalista do Mundial.
“Esse raciocínio é feito por correligionários de Roriz como forma de convencer Fraga de que os anti-arrudistas não vão boicotar a sua candidatura”, escrevemos na pág. 20. Reparou no hífen? O anti- obedece à regra geral do tracinho. Pede hífen quando seguido de h ou de i (letras iguais se rejeitam). No mais, é tudo colado. Assim: anti-histórico, anti-imperialismo, antiarrudistas.
“A recarga de viagens passará a ser automática, na virada do mês. Com isso, não haveria necessidade de ir a um dos postos da empresa”, escrevemos na pág. 27. Viu? Pisamos a correlação verbal. Que tal devolver a harmonia ao enunciado? Assim: A recarga de viagens passará a ser automática, na virada do mês. Com isso, não haverá necessidade de ir a um dos postos […]
“Não podemos tomar qualquer decisão enquanto o cenário nacional ainda está indefinido”, escrevemos na pág. 35. O ainda sobra, não? O qualquer usurpa o lugar do nenhum. Melhor: Não podemos tomar nenhuma decisão enquanto o cenário nacional está indefinido.
“Nos meses anteriores à Copa, a International Board havia rejeitado dois sistemas para combater gols fantasma”, escrevemos na pág. 20 do Super Esportes. Cadê a concordância? Fantasma joga no time de relâmpago e pirata. Flexiona-se em número: gols fantasmas, sequestros relâmpagos, discos piratas.