Categoria: Erramos
“Câmara e Senado pagaram juntas mais de R$ 3,5 milhões em horas extras para servidores”, escrevemos na pág. 2. Feminino com masculino dá masculino plural, não? Melhor: Câmara e Senado pagaram juntos R$ 3,5 milhões.
“É como se estivesse em banho-Maria”, escrevemos na pág. 6. Esquecemos pormenor importante. Nomes próprios perdem a majestade e viram povão. Basta designar nomes comuns. É o caso de banho-maria, maria vai com as outras, joão-de-barro, castanha-do-pará, pau-brasil. Etc. e tal.
“A filha dos Villela passa o dia na Corvida”, escrevemos na pág. 44. Ops! Cadê o plural? Nome próprio não goza de privilégio. Flexiona-se como o comum. Na dúvida, lembremo-nos de Os Maias, de Eça de Queiroz. Melhor: A filha dos Villelas passa o dia na Corvida.
“A exportação de lixo doméstico para o Brasil só é possível por causa de alguns fatores. O primeiro deles é a incapacidade de os municípios estimularem a coleta de resíduos”, escrevemos na pág. 8. Falamos em primeiro. Cadê o segundo, o terceiro, o quarto? O gato comeu. Resultado: o texto ficou sem paralelismo. O leitor, sem a informação.
“Encarregado dos discursos mais conservadores na campanha de Serra, deputado federal não têm conseguido o efeito esperado pelo marketing do PSDB”, escrevemos na pág. 4. Ops! Confundimos os números. Tem é singular. Têm plural. Deputado federal joga no time dos solitários. O acento sobra. Xô!
“Vítimas e seus familiares mostram a dificuldade de retomar a vida após serem alvos de seus algozes. Pró-Vítima fez quase mil atendimentos que passam por esse drama”, escrevemos na pág. 54. Reparou nos tropeços? Escorregamos na flexão de nomes e na estrutura da frase. Também abusamos do possessivo. Vem, correção: Vítimas e familiares mostram a dificuldade de retomar a vida após serem alvo de algozes. […]
“Casa de Chá de Brasília, que nos anos 70 e 80 marcava presença no cenário da Praça dos Três Poderes, retorna à ativa após décadas de abandono. A novidade agrada tanto turistas quanto de quem nem sabia que ali foi um dos pontos movimentados da capital”, escrevemos na pág. 36. Reparou no estilo torturado? Faltou paralelismo e respeito à regência. Melhor: A novidade agrada tanto a […]
“Quem olha para o céu de Brasília estranha a fumaça cinza que paira no ar da capital federal”, escrevemos na pág. 21. Capital federal sobra, não? Xô!
“A consolidação da malha ganhou força quando as faixas de pedestre e a campanha de priorização do trânsito de pedestre foram instituídas em Brasília. Caso dos estudantes Danielle Ferreira, Hallisson de Castro, ambos com 15 anos, e Lara Islaine, 13”, escrevemos na pág. 26. Vale a pergunta: qual a relação do primeiro enunciado com o segundo? Nenhuma. Faltou coesão. Daí o samba do texto doido.
“Antônio Rodrigues Nogueira estava em Brasília há 40 anos”, escrevemos na pág. 29. Reparou? Misturamos lé com cré. O imperfeito pede imperfeito. Deixando o lé com lé e cré com cré, temos: Antônio Rodrigues Nogueira estava em Brasília havia 40 anos.