Donald Trump nos Estados Unidos. Kim-Jong-on na Coreia do Norte. Com a dupla no poder, a paz estremeceu. Ambos, pra lá de temperamentais, são louquinhos por guerra. Não por acaso uma palavra entrou no noticiário com força total. É belicista. Nascido na Grécia, o vocábulo tem origem pra lá de guerreira. Vem de Belona, mulher de Marte. Ele era o deus da guerra. Ela foi atrás. Os dois iam juntos para o campo de batalha.
Ele se vestia de armadura e protegia a cabeça com capacete. Estava sempre armado. O escudo, a lança e a espada o acompanhavam pra todos os lados. Ela aprendeu com ele a se defender. Usava capacete na cabeça e mantinha a lança na mão. Os dois chegavam ao lugar da luta num carro puxado por quatro cavalos. Ele saltava rapidinho. Misturava-se aos guerreiros como qualquer mortal. Ela, antes, guardava os cavalos. Depois, partia para o embate. Era valente que só.
A língua portuguesa reconhece o valor da deusa guerreira. Criou várias palavras em homenagem a ela. Todas começam com bel, as primeiras letras de Belona. Todas, também, têm parentesco com a guerra. Beligerante é a pessoa que está em guerra ou faz guerra. Belicosa, a criatura louca por uma guerrinha. Bélico, o que se refere à guerra. Material bélico, por exemplo, é material de guerra. E belonave? É isso mesmo — navio de guerra.