Autor: Dad Squarisi
MensagemMuitos desaconselham o uso do devido a. Preferem locuções vernáculas bastante comuns no nosso dia a dia. É o caso de por causa de, em razão de, graças a, em virtude de, em consequência de. Mas, queiram ou não, a mal-amada não se constrange. Aparece a torto e a direito. Convém, por isso, conhecer-lhe as manhas. São três. 1. Ela exige a preposição a: […]
“Disse que Fernando Henrique se esconde atrás do charme de defender a discriminalização da maconha”, escrevemos na pág. 3. Ops! É descriminalização, não? O des-, aí, tem o mesmo sentido que em desobediente, desonesto, desfazer.
Você preenche cheques? Ou costuma escrever numerais por extenso? Então vale o lembrete. Os números têm alergia à vírgula. Não use o sinalzinho nem a pedido dos deuses do Olimpo: R$ 223.412 (duzentos e vinte e três mil quatrocentos e doze reais), 2.320.235 (dois milhões trezentos e vinte mil duzentos e trinta e cinco. Você sabia? O numeral um é inimigo do artigo. Os […]
“O livro é um mundo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.”
Milhão, bilhão, trilhão jogam no mesmo time. A equipe dá nó nos miolos. A enrascada não tem a ver com a carreirinha de zeros. Tem a ver com a concordância. Na tragédia do Rio, o apuro ficou claro. Ao tratar do assunto, o secretário de Obras falava na dificuldade de remover moradias. “Mais de um milhão de pessoas…” Ops! Vive ou vivem em áreas de […]
“Acho a televisão muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro.”
Manhattan Connection tem várias características. Duas delas: inteligência e charme. Comandados por Lucas Mendes, Caio Blinder, Ricardo Amorim e Diogo Mainardi comentam acontecimentos da semana. Política, economia, cultura, história, culinária, tudo tem vez desde que seja notícia. Transmitido de Nova York, o programa sofre o problema da distância. Volta e meia tropeça na língua. No domingo, aconteceu. Ricardo Amorim disse: — Morreram […]
Liana Sabo (foto), colunista do jornal, escreve sobre culinária. O cuidado na apreciação dos pratos se estende ao uso do português. A razão é acaciana. Ela só pode dar o recado aos leitores por meio da língua. Por isso lê, lê muito. Também relê. Outro dia, acordou com um poema na cabeça. Trata-se de “Palavras”, da portuguesa Virgínia Victorino (1898-1967). Procurou-o. Ao bater os olhos […]