Estudante pergunta (1)

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    Gabriela Carvalho Guerra pergunta: “Há situações em que é possível substituir o pronome relativo que por cujo?”     Não. Um é uma coisa; o outro, outra. O cujo é pra lá de especial. Pra figurar na frase, impõe uma condição – indicar posse. Fora isso, é bom bater em outra freguesia. Examine a caminhada do danadinho:     A mulher mora em […]

Três diquinhas

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    Velha cilada   “Vão ser colhidas 12 milhões de caixas de tangerina”, disse o repórter. Falava da supersafra da fruta em São Paulo. Sem perceber, caiu em velha cilada da língua. Milhão é substantivo masculino. Colhido tem de concordar com ele. Assim: Vão ser colhidos 12 milhões de caixas de tangerina.      Novo vilão   O vilão do momento? É o sal. […]

Sessão tortura

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  Que triste! Vera Lúcia Gomes é procuradora aposentada do Rio de Janeiro. Tinha credenciais para adotar uma criança. Cumpriu os trâmites. Levou pra casa uma menininha de 2 anos. Sessões de tortura tornaram-se rotina. Sem aguentar o comportamento da megera, empregados gravaram e denunciaram o horror. Com um cuidado: escreveram maus-tratos assim — com hífen.   Por falar em bebê… O bebê ou a bebê? Antes […]

Exemplo de Deus

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Lula ouviu o discurso de Dilma Rousseff. Sentiu arrepios. Lembrou-se, então, de história contada pelas feministas. Conhece? Deus criou o homem. Feita a obra, olhou para a criatura. “Posso fazer melhor”, concluiu. Criou a mulher. O presidente chamou a ex-ministra. “Dilma”, aconselhou ele, “seja mais objetiva. Converse. Use a língua do povo.” A pupila não pensou duas vezes. Exigiu da equipe estratégias capazes de espalhar […]

Viagra na língua

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Eis a manchete do Correio Braziliense de quinta-feira: “Viagra genérico está liberado a partir de junho”. Leitores pra lá de curiosos fizeram duas perguntas. Uma: junho é futuro. Não seria o caso de dar a vez ao “ficará”? O presente é atrevido. Também pode indicar futuro. Por isso, dizemos: Viajo no fim do ano. João termina o curso daqui a dois semestres. O contrato acaba no fim […]

Erramos

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“A demora — considerada normal pelo Departamento de Trânsito — varia de acordo com os responsáveis pela blitz, como policiais militares ou por agentes do Detran”, escrevemos na pág. 25. Cadê o paralelismo? Ei-lo: A demora — considerada normal pelo Departamento de Trânsito — varia de acordo com os responsáveis pela blitz, se policiais militares ou agentes do Detran.

Doze pragas da língua (comentadas)

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Feriado é festa. A folga deixa os compromissos pra lá, reúne amigos, promove bate-papos. No 21 de abril não foi diferente. Jornalistas saíram da redação e foram tomar um chopinho. Na conversa vadia, um deles quis satisfazer velha curiosidade. Qual, na opinião de gente que ganha o pão de todos os dias falando ou escrevendo, seriam as 12 pragas da língua? A questão incendiou os […]