Autor: Dad Squarisi
DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br A maior tragédia do Brasil? É o jeitinho. Sem regras claras, fica-se numa zona pantanosa. O sim não significa sim. O não tampouco quer dizer não. Tudo depende. Depende do crachá, do QI (quem indica), da conta bancária, da rede de amigos. Às vezes, do tempo. Outras vezes, do humor. Daí termos mais de 50 formas de responder à pergunta “como […]
“…dois jovens aproveitaram a copa de uma grande árvore para fazer o uso do entorpecente”, escrevemos na pág. 27. O artigo sobra, não? Eles aproveitaram a copa da árvore para fazer uso do entorpecente.
“É indispensável que os alunos manuseiem a gramática.”
A vida é feita de acordos. Concordamos usar o cinto de segurança. Concordamos obedecer à velocidade da via. Concordamos não andar nus em público. Concordamos dar bom-dia, boa-tarde, boa-noite ao entrar no elevador. Concordamos não furar a fila. Concordamos não arrotar à mesa. Concordamos que a escola ensina e o aluno aprende. Concordamos que na língua existe hierarquia. Há termos que mandam e termos que […]
Dilma tentará exercer esse papel nos jantares e almoços que participará com os parlamentares daqui para frente”, escrevemos na pág. 2. Uma frase, duas faltas. A primeira: preposição exigida pelo verbo participar (de). A outra: artigo que acompanha o trio para a frente. Melhor: Dilma tentará exercer esse papel nos jantares e almoços de que participará com os parlamentares daqui para a frente.
Praça da Língua Portuguesa Roldão Simas filho escreve: “Existe em Brasília a Praça da Língua Portuguesa. Fica meio escondida num pequeno pátio externo, atrás da Biblioteca Nacional, no Eixo Monumental. Parece inconclusa. Na parede do prédio da biblioteca, há um grande painel de azulejo com figuras esquematizadas de músicos. Nada a ver com a língua portuguesa. Noutra pequena parede nua, quatro pequenos azulejos com a […]
“Sempre que faz algo de que se envergonha, a pessoa diz que estava só cumprindo seu dever.”
Por que? Por quê? Porque? Porquê? É um deus nos acuda. Ora a dupla vem coladinha. Ora, separada. Às vezes com acento. Outras, sem lenço nem documento. Quem entende? É um nó nos miolos. Já tratamos do assunto. Mas, volta e meia, leitores pedem a retomada do tema. É o caso de José Aldo. Ele e jornalistas, advogados, professores, estudantes & gente boa como […]
“Esse local tem acidentes demais. E geralmente são sérios, com vítimas fatais”, escrevemos na pág. 32. Vale o repeteco. Fatal é o que mata. O acidente mata. É fatal. A vítima não mata. Morre. Não é fatal.
Jerônimo Campos escreve: “Parece-me haver força em demasia em expressões usadas comumente nos meios de comunicação e que, aos poucos, incorporadas ao cotidiano das pessoas, passam a representar algo diferente de seu significado. Veja o caso de `redobrado´. Redobrado é dobrar de novo. Vale por quatro da unidade de medida de origem. “Precisa tomar cuidado redobrado” significa aumentar absurdamente o cuidado normal das pessoas. Se […]

