Autor: Dad Squarisi
Não me conformo com o uso da palavra “reinauguração”, que para mim não faz sentido algum. Ajude-me a sair desse dilema. (Wellington Brandão) A imprensa costuma usar o termo quando há mudança significativa entre a primeira e a segunda versão. Por exemplo: um restaurante muda de chef, muda de dono, muda o cardápio, reforma móveis e fachada. Depois de um período fechado, reabre as portas com cara […]
Em tempos de julgamento do mensalão, o que os colunistas mais fazem? Tentam antecipar posições. Nem sempre acertam. Para prevenir críticas, lembram provérbio de tempos idos e vividos: “Cada cabeça, cada sentença”. Com ele, fazem as vezes de Pilatos. Lavam as mãos. De onde vem o dito? Vem lá do latim. Na língua dos Césares, dizia-se “Tot capita, tot sententiae”. A frase pegou. Ganhou espaço […]
Prezada Dad, Sempre leio suas Dicas de Português no Correio Braziliense. São muito úteis, pois a língua pátria não é fácil. Na edição de domingo, li sua lição sobre a palavra PARALÍMPICO. Não gostei. É muito feio. A mudança é indevida. Continuarei a utilizar o termo antigo: PARAOLÍMPICO em respeito aos gregos e à cidade de Olímpia, onde tudo começou.
JOSÉ HORTA MANZANO Enganam-se o gentil leitor e a distinta leitora se imaginarem que estou aqui, a mando de sabe-se lá que multinacional, cumprindo a nobre missão de apresentar-lhes novo produto de limpeza. O que parece nem sempre é, como sabem todos os que, um dia, já passaram pela experiência de levar gato por lebre. Comecemos pelo começo, que dá mais certo. Sentindo […]
“As regras valem apenas para casos de estado terminal, onde não há mais chance de recuperação”, escrevemos na pág. 8. Ops! Cometemos o erro mais comum no vestibular. Usamos o onde no lugar do em que. Onde, vale lembrar, indica lugar físico. Não é o caso. Melhor: As regras valem apenas para casos de estado terminal, em que não há mais chance de recuperação. As […]
“Dez estupradores cerraram as grades e fugiram do presídio”, escreveu o Correio Braziliense. O leitor J.Neves leu, releu e tornou a ler. Não acreditou nos olhos. Mas lá estava. Cerrar, com c, quer dizer fechar. O repórter trocou as letras. Os bandidos usaram serras e serraram as grades. J. Neves não deixou por menos. Gozou: “Ah, sei! Fecharam as grades depois de fugir”.
Viu? As novas notas de R$ 10 e R$ 20 estão lindonas. Ao serem lançadas, uma dúvida tomou conta da moçada. Qual o plural de papel-moeda? O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) informa que há duas formas: papéis-moeda e papéis-moedas. Escolha.
“Cada pequeno detalhe faz a diferença”, diz propaganda de construtora de apartamentos de luxo. Ops! Trata-se de baita redundância. Todo detalhe é pequeno. O adjetivo sobra. Melhor: Cada detalhe faz a diferença.
“Só terá aumento quem estiver na Lei”, escrevemos na pág. 15. Por que grafamos lei com letra maiúscula? A grandona só tem vez quando a lei estiver definida (Lei 4.320) ou quando tiver nome (Lei Afonso Arinos, Lei de Diretrizes e Bases, Lei de Falências). No mais, a inicial é mixuruca. Melhor: Só terá aumento quem estiver dentro da lei.
Que susto! Nada menos de 17 caititus apareceram mortos no Parque Nacional de Brasília. O que aconteceu? Possivelmente envenenamento. Os popularmente conhecidos por porcos do mato teriam comido sementes destinadas a pesquisas. Deu no que deu. As vítimas não foram só os simpáticos bichinhos. A língua também sofreu. No noticiário, a torto e a direito apareceu “caititú” — assim, com acento. Bobeira, não? Caititu joga […]

