Autor: Dad Squarisi
Entre as propostas em discussão, estão a blindagem contra cassação, a criação do Fundo da Dívida Ativa e a lei de uso e ocupação do solo”, escrevemos na pág. 20. Viu? Bobeamos no emprego das maiúsculas. Lei que tem nome ou número ganha pedigree. Grafa-se com a inicial grandona. Assim: Lei 5.397, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei de Falências, Lei de Responsabilidade Fiscal. […]
Quem não tem dúvidas bateu ponto final. Os leitores sabem disso. Sem constrangimento, telefonam, mandam cartas, escrevem e-mails. As consultas são pra lá de bem-vindas. Além de sugerir assunto pro blogue, desatam nós que enrascam os miolos de mineiros, candangos, pernambucanos & cia. curiosa. Quer ver? Mais do mesmo É sempre errado recorrer a pleonasmo ou há alguma situação em que essa figura de […]
Sem falar bonito Já ouvi, até em telejornais, a expressão “adquirir uma dívida”. Se a moda pega, pode até aparecer “adquirir” uma doença. Que tal? (Rômulo Alvarenga) Ops! É questão de propriedade vocabular. Dependendo do contexto, a gente contrai dívidas. Ou faz dívidas. Ou se endivida. Às vezes, negocia dívidas. Ou troca dívidas.
“Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros.”
“Irmãos do ministro da Agricultura estão na lista de suspeitos, que envolve políticos, empresários, produtores e até pistoleiros”, escrevemos na pág. 2. Vamos combinar? A lista não envolve, mas inclui ou relaciona. Melhor: … lista de suspeitos, que inclui políticos, empresários, produtores e até pistoleiros.
Tenho dúvida em relação ao verbo concluir. É correto afirmar, por exemplo, que o Ministério Público concluiu “pela” ou “por” alguma coisa? (Lilian Haas, BH) Regência, Lílian, é calo nos dois pés. Na dúvida, é melhor recorrer ao paizão. O dicionário de verbos e regimes, de Francisco Fernandes (o melhor que temos), dá nota 10 para concluir por (pelo, pela), que significa convencer-se de: Gonçalo […]
“…no início da tarde passou a circular a informação de que o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, será ministro da Integração Nacional”, escrevemos na pág. 4. O atual sobra, não?
Há concordâncias que dão nó nos miolos. Uma delas é a do particípio quite. Dizemos “nós estamos quite ou nós estamos quites”? (Carlota Nunes, São Luiz) Quite não goza de privilégios. Joga no time dos adjetivos como feliz, alegre, triste. Flexiona-se como qualquer um deles. Veja: estou feliz, estamos felizes, estou alegre, estamos alegres, estou triste, estamos tristes. Logo, estou quite, estamos quites. Você está […]

