Autor: Dad Squarisi
Sem trocar as bolas Olho vivíssimo. Muitos pensam que Germano é gênero humano. Aí, não dá outra. Relacionam tempestivo e intempestivo com temperamento. Pessoas explosivas recebem a classificação de intempestivas. Valha-nos, Deus!
“É lícito aprender mesmo do inimigo.”
O boto cor-de-rosa Na amazônia existe uma criatura muito especial. É o boto cor-de-rosa. Ele mora no fundo dos rios Negro e Solimões. Nas noites de festa junina, sai de casa perfumado, vestido de branco, com chapéu da mesma cor na cabeça. Chega ao baile lindo — com a pele bronzeada e o sorriso mais sedutor do mundo. Ali, procura a moça mais bonita que […]
“Cabe a essa comissão fazer perguntas, inquirir”, escrevemos na pág. 3. Viu? Trocamos o pronome. Quem fala é Clarissa Garotinho. Ela estava na CPI. O esta pede passagem: Cabe a esta comissão fazer perguntas, inquirir.
(Publicado na Folha de S.Paulo de quarta-feira)
“Notícias nunca derrubam o mundo. O que o derruba são os fatos, que nós não podemos modificar, pois já aconteceram quando as notícias nos chegam.” (Dürrenmatt) Por falar em fatos… “Baseado em fatos reais”, avisam filmes, novelas e livros. Bobeiam. Todo fato é real. Daí por que o povo sabido costuma dizer “não é brincadeira, é fato”. Fugir do pleonasmo é fácil como andar pra […]
“Faz parte da tradição brasileira falar difícil para dizer coisas simples — porque, se ditas com a devida simplicidade, elas podem ser entendidas. E o importante é que não sejam entendidas.” (Ruy Castro)
O governador Flávio Dino, do Maranhão, usou o Twitter para ironizar a conduta do juiz federal Flávio Roberto de Souza, flagrado dirigindo um Porsche do empresário Eike Batista: “Acabei de receber importante ensinamento jurídico. Juiz passeando com carro apreendido. Isso é que é transitar em julgado”.
Só acredita quem ouviu. O depoimento de Pedro Barusco chocou. Ao falar na CPI da Petrobras, o ex-gerente da empresa citava milhões de dólares como se citasse centavos. Excitados, não faltaram deputados que pisaram a língua. Referiam-se a “quantia de dinheiro”. Baita pleonasmo. No caso, não vale o provérbio popular “um é pouco, dois é bom, três é demais”. Com a língua, um é suficiente. […]
“Supõe-se que eles não queria ser citados em hipótese alguma”, escrevemos na pág. 12. Ops! Cortamos relações com a concordância. Melhor reatá-las: Supõe-se que eles não queriam ser citados em hipótese alguma.

