Bem aberto

Publicado em 0 ComentáriosGeral

A dengue se espalha. Virou epidemia. Sobram enfermos e faltam hospitais. No país do jeitinho, improvisam-se tendas para os atendimentos inadiáveis. Ao expor o quadro dramático de São Paulo, repórter se referiu aos prontos-socorros. Ops! Duvidou da pronúncia. Socôrros ou socórros? Socorro joga no time de corpo. O ó é aberto como se tivesse baita acento agudo sobre a letra: corpos (córpos), prontos-socorros (prontos-socórros).

Duas mortes

Publicado em 0 ComentáriosGeral

Que tal mandar o transmissor da dengue pro quinto dos infernos? São duas mortes. Uma: real. Sem água limpa parada, o bandido morre de inanição. A outra: metafórica. Grafar o nome do vilão como manda o dicionário, mata-o de raiva. São dois passos. Escreva-o em itálico. Aedes tem inicial maiúscula; aegypti, minúscula. Xô, Aedes aegypti.

Erramos

Publicado em 0 ComentáriosErramos, Geral

“Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais e nem se preocupa com etiquetas”, escrevemos na capa do Diversão & Arte. Olho no desperdício. Nem significa e não. Ao usá-lo, a conjunção sobra. Melhor: Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais nem se preocupa com etiquetas.  

Nobres e pobres

Publicado em 0 ComentáriosGeral

Todos são iguais? Qual o quê! Existem os mais iguais. É o caso dos nobres. Nas veias de tão especiais criaturas, circula sangue azul. O vermelho fica pros outros mortais. Até no nome os aristocratas sobressaem. É o caso da Charlotte Elizabeth Diana. A princesa recém-nascida carrega o peso da tradição milenar da realeza britânica. Daí por que, logo que veio ao mundo, a menininha […]

Grife

Publicado em 0 ComentáriosGeral

A Revista do Correio publicou esta frase: “A caneta não é uma Mont Blanc estrelada, tão comum nos bolsos de médicos renomados. É uma sem marca de grife”. O leitor Roldão Simas Filho leu. Levou um baiiiiiiiiiiiiiiiiiita susto. Passado o espanto, comentou: “Marca de grife é redundância. Grife já significa marca, rótulo, logotipo. Lembro que grifar é sublinhar; marcar palavra ou número com sublinha a […]

Show da política

Publicado em 0 ComentáriosGeral

Você ouve discursos de políticos? Se a resposta for sim, deve levar sucessivos sustos. Suas Excelências pisam a pronúncia sem cerimônia. Uma das vítimas é rubrica. Por alguma razão que até Deus ignora, eles a brindam com vistoso acento no u. Uiiiiiiiiiiiiii! Os ouvidos reclamam. Com razão. Rubrica e fabrica são irmãzinhas inseparáveis. A força delas mora na casa do meio — a paroxítona (bri). […]

Luau ou lual, eis a questão

Publicado em 0 ComentáriosGeral

Luau ou lual? A discussão vem de longe. Há décadas os brasileiros se dividem. Uns grafam a palavra com u porque dizem ser o vocábulo importado do Havaí. A população de lá costuma promover festas ao ar livre, em geral na praia em noites enluaradas. Na ocasião, serve um prato típico chamado luau. Outros apostam na escrita com l. Seria derivada de lua com a […]