Bem aberto

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A dengue se espalha. Virou epidemia. Sobram enfermos e faltam hospitais. No país do jeitinho, improvisam-se tendas para os atendimentos inadiáveis. Ao expor o quadro dramático de São Paulo, repórter se referiu aos prontos-socorros. Ops! Duvidou da pronúncia. Socôrros ou socórros? Socorro joga no time de corpo. O ó é aberto como se tivesse baita acento agudo sobre a letra: corpos (córpos), prontos-socorros (prontos-socórros).

Duas mortes

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Que tal mandar o transmissor da dengue pro quinto dos infernos? São duas mortes. Uma: real. Sem água limpa parada, o bandido morre de inanição. A outra: metafórica. Grafar o nome do vilão como manda o dicionário, mata-o de raiva. São dois passos. Escreva-o em itálico. Aedes tem inicial maiúscula; aegypti, minúscula. Xô, Aedes aegypti.

Erramos

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“Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais e nem se preocupa com etiquetas”, escrevemos na capa do Diversão & Arte. Olho no desperdício. Nem significa e não. Ao usá-lo, a conjunção sobra. Melhor: Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais nem se preocupa com etiquetas.  

Nobres e pobres

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Todos são iguais? Qual o quê! Existem os mais iguais. É o caso dos nobres. Nas veias de tão especiais criaturas, circula sangue azul. O vermelho fica pros outros mortais. Até no nome os aristocratas sobressaem. É o caso da Charlotte Elizabeth Diana. A princesa recém-nascida carrega o peso da tradição milenar da realeza britânica. Daí por que, logo que veio ao mundo, a menininha […]

Grife

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A Revista do Correio publicou esta frase: “A caneta não é uma Mont Blanc estrelada, tão comum nos bolsos de médicos renomados. É uma sem marca de grife”. O leitor Roldão Simas Filho leu. Levou um baiiiiiiiiiiiiiiiiiita susto. Passado o espanto, comentou: “Marca de grife é redundância. Grife já significa marca, rótulo, logotipo. Lembro que grifar é sublinhar; marcar palavra ou número com sublinha a […]

Show da política

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Você ouve discursos de políticos? Se a resposta for sim, deve levar sucessivos sustos. Suas Excelências pisam a pronúncia sem cerimônia. Uma das vítimas é rubrica. Por alguma razão que até Deus ignora, eles a brindam com vistoso acento no u. Uiiiiiiiiiiiiii! Os ouvidos reclamam. Com razão. Rubrica e fabrica são irmãzinhas inseparáveis. A força delas mora na casa do meio — a paroxítona (bri). […]