Autor: Dad Squarisi
Era uma vez um comerciante do mercado público de Porto Alegre. Ele vendia sardinhas, dourados, tambaquis, pirarucus e surubins. O negócio prosperava a olhos vistos. Certo dia, cheio de entusiasmo, o gaúcho resolveu inovar. Mandou afixar um enorme cartaz com os dizeres “Hoje vendemos peixe fresco”. Olhou de longe. Gostou do resultado. Orgulhoso, perguntou ao cliente: — O que você acha […]
A reportagem de capa do suplemento Veículos fala do Vectra e do Fusion. A certa altura, diz: “O aproveitamento é bom nos dois modelos, com o espaço para pernas e cabeça”. Duas perguntas. Uma: para que o artigo que acompanha “espaço”? Ele sobra. A outra: que carro não tem espaço para pernas e cabeça? Nem o rabecão do IML.
Ops! Parece filme de Hollywood. De um lado, a Polícia Federal. De outro, o banqueiro Daniel Dantas, o empresário Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Operação grandiosa pôs os três atrás das grades. Contra eles pesam acusações cabeludas: lavagem de dinheiro, fraudes financeiras, evasão de divisas, tráfico de influência e por aí vai. A operação mereceu generosos espaços […]
“O português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota, e bota é uma coisa que se calça.”
Quando se deve repetir a preposição? O xis da resposta: saber se os termos constituem conjunto contemporâneo ou conjunto separado. Complicado? Sem dúvida. Mas os exemplos ajudam a jogar luz na escuridão. Quer ver? Conversei com o professor e deputado. A preposição (com) aparece só diante do primeiro nome. Significa que conversei com uma pessoa a um só tempo professo e deputado. […]
Acredite. É correto dizer mais grande e mais pequeno. Quando se comparam qualidades ou atributos, é essa a forma: A casa é mais grande que pequena. O auditório é mais pequeno que grande. Não abuse. As duplinhas só têm vez nesse caso. Nos demais, o maior e o menor pedem passagem: Meu livro é menor que o seu. Procuro uma casa maior que […]
DAD SQUARISI // dad.squarisi@correioweb.com.br De um lado, a polícia. Homens fardados atiram a torto e a direito. De outro, a população. Adultos e crianças servem de alvo para os tiros vindos sabe-deus-de-onde. É a velha guerra urbana que se amplia no Rio. Antes, a truculência policial se restringia aos morros. Ali matava por atacado. As vítimas eram “bandidos” cuja morte representava um “marginal […]
Na língua há palavras pra lá de fortes. Tão fortes que atraem os pronomes átonos. É o caso do que. Esteja onde estiver, o monossílabo faz as vezes de ímã. Hoje esquecemos a força das três letras. Escrevemos na pág. 2: “Depois de investigação iniciada há quatro anos, a partir do escândalo que tornou-se conhecido como mensalão, a PF prendeu Daniel Dantas”. Melhor: … […]
.David Garcia ora vê a duplinha “será se”. Ora, “será que”. Confuso, pergunta: “Afinal, qual das duas merece banda de música e tapete vermelho? Olho vivo! Sem cruzamentos, a forma é será que: Será que vai chover em Brasília antes de setembro? Será que ele chegará a tempo? Será que a lei seca vai pegar?