Autor: Dad Squarisi
“Rumo a 2009.” O a pede o acento indicativo de crase? A dúvida é do João Marcelo. A resposta: não. Crase é como aliança no anular esquerdo. Indica o casamento de dois aa. Um é a preposição. O outro, geralmente, o artigo. Ora, 2009 é numeral. Não pede artigo. Não pode, pois, haver crase.
Rafael esteve em Portugal. Nas terras lusas, descobriu diferenças entre o português de lá e o de cá. Certo dia, ele fazia compras em Lisboa. Um brasileiro entrou na loja e perguntou: — Quanto custa o suéter marrom que está na vitrine? O vendedor não entendeu bulufas. Naquelas bandas, a frase seria esta: — Quanto custa a camisola castanha que está na montra?
Eduardo Gianetti da Fonseca ensina: “A felicidade não se aprende nos livros. Mas pode brotar deles”.
Atenção, moçada! Parecido não é igual. Cumprimento, com u, é saudação. Comprimento, com o, extensão, tamanho: O pai cumprimentou a filha pelo comprimento da saia. McCain cumprimentou Obama. Qual é a tendência de comprimento das saias?
(Colaboração de Guido Heleno)
“O crime ocorreu, de acordo com a polícia, por volta de 21h30”, escrevemos na pág. 11. Cadê o artigo? A indicação de horas se faz sempre — sempre mesmo — com o auxílio do monossílabo: O crime ocorreu, de acordo com a polícia, por volta das 21h30.
Mal dormidas ou maldormidas?
“Escrever é trabalho guiado pela inspiração. Há escritores que fazem um plano do que será o livro, com os personagens, as situações e tudo. Eu prefiro deixar que cada palavra que escrevo dê origem à palavra seguinte. E a palavra nova vai criando situações também novas dentro da minha cabeça. E aí me cabe decidir se continuo pelo caminho por onde ia ou se […]