As aspas, urubus do texto, devem ser usadas com parcimônia. Empregue-as obrigatoriamente em:
- Citação:
“A democracia seria o regime ideal se a liberdade solucionasse o problema econômico.” (Júlio Furtado)
- Declaração literal: O presidente da Petrobras criticou, indignado, o que Ciro Gomes chamou de “oportunismo eleitoreiro”.
- Palavras empregadas em sentido diferente do habitual (em geral com ironia): Os participantes dos arrastões querem “administrar” os bens dos banhistas.
O presidente do partido cedeu “cordialmente” alguns de seus segundos para o concorrente.
- Nome de artigo de jornal, título de matéria, capítulo de livro, poema, crônica, conto e similares:
Na matéria “Falta comunicação”, publicada …
O conto “Dia da caça”, de Rubem Fonseca, faz parte do livro O cobrador.
Conhece o poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira?
Li o artigo “A defesa geral do consumidor”, de Marilena Lazzarini.
- Apelidos, codinomes, alcunhas quando não vulgarizados (use aspas só na primeira referência): Valter Machado, o “Machadão”, mas Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
- Apelido intercalado ao nome próprio: Adílson “Maguila” Rodrigues, Maria das Graças “Xuxa” Menegel.
6.1. Se o apelido é incorporado oficialmente ao nome, as aspas não têm vez: Luiz Inácio Lula da Silva.
Pontuação
- Quando a citação não inicia o período, mas o encerra, o ponto fica depois das aspas: Segundo Liberato Póvoa, “vai haver fraude nas eleições”.
- Se a citação inicia e encerra o parágrafo, o ponto fica dentro das aspas: “Se houver possibilidade de ficarmos juntos no governo, melhor.” Essas palavras…
- Na hipótese de suspensão de uma frase escrita entre aspas, fecham-se as aspas e abrem-se depois: “A democracia? Vocês sabem o que é?” – perguntou Clemenceau.”O poder dos piolhos de comerem os leões.” “A democracia”, escreveu Alceu Amoroso Lima, “é regime de convivência, não de exclusão.”
- Na transcrição de discursos, documentos e similares, abrem-se aspas no começo do texto e fecham-se só no final, não a cada início de parágrafo.