Deus criou o mundo em sete dias. Além dos sete pecados, sete virtudes e tantos outros, temos a missa de sétimo dia. Por quê? Os desencarnados não podem mais interceder por si. Nós podemos. Orando, advogamos por eles. No sétimo dia, o Senhor descansou. É o que queremos para nossos mortos — que descansem eternamente no reino de Deus.
Na vida também queremos sombra e água fresca. A língua não nos deixa na mão. Colabora. Por isso, inventou siglas e abreviatura. Com elas, reduz um palavrão a poucas letras. Doutor vira dr. Apartamento, ap. Quilômetro, km. Organização das Nações Unidas, ONU. Mas a ajuda tem preço. São as regras para usar as pequeninas.
Primeira regra
Tenha pena do leitor. A redução precisa ser familiar, facilmente entendida.
Segunda regra
As abreviaturas formadas pela diminuição de palavras têm três manhas. Uma: exigem o ponto final. A outra: não abrem mão do s do plural. A última, mas igualmente importante: mantêm o acento original: capítulo (caps.), companhias (cias.), páginas (págs.), século (séc.), código (cód.).
Terceira regra
Tal como na vida, na língua há os privilegiados perante a abreviatura. É o caso do símbolo de hora, minuto, segundo, metro, quilo, litro e respectivos derivados (quilômetro, mililitro). Eles são sem-sem-sem -– sem espaço, sem o ponto abreviativo e sem o s indicador de plural: 5h30, 3h30min14, 4,5m, 20kg, 10ml.
Não confunda abreviaturas do sistema decimal com a de horas. Metro, quilo e litro carregam um só sinal. Horas, mais de um: 1m, 1,5m, 1,25m; 10l, 10,2l, 10,354l; 50g, 50,5g; 10h, 10h30, 10h30min50.