A moda está na moda. São Paulo Fashion Week ocupou a semana. No mundo das passarelas, fala-se o inglês. Aqui e ali, o francês. Top models exibem o glamour de tecidos high-tech e o charme de grifes nacionais e internacionais. O look dos cabelos mudou. A escova obsessiva está out. O in são os cachos. O pink impera. Brindes causam frisson.
Estrangeirismos
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. Quanto maior o contato, maior a influência. No século 19, o português sofreu grande influência do francês. Assimilou várias palavras do idioma de Victor Hugo. Abajur, garagem, bufê, balé servem de exemplo.
No 20, o inglês chegou com força total. Falado pela potência planetária, que vende como ninguém sua música, seu cinema e sua tecnologia, impôs-se como língua internacional. O português incorporou muitos vocábulos.
Como lidar com os penetras?
- Dê preferência à palavra vernácula: pré-estreia, não avant-première; primeiro-ministro (premiê), não premier.
- Prefira a forma aportuguesada à estrangeira: gangue, chique, xampu, recorde, cachê, butique, buquê, uísque, conhaque, panteão, raiom, gim.
- Se a importada estiver incorporada ao português em sua grafia original, escreva-a sem grifo ou qualquer destaque: rock, marketing, shopping, show, know-how, software, hardware, smoking, habeas corpus, marine, punk, lobby.
- Derivados de línguas estrangeiras se tornam híbridos. Mantêm a estrutura original do vocábulo e acrescentam os sufixos ou prefixos da língua portuguesa: Byron (byroniano), Kant (kantiano), Marx (marxista), kart (kartódromo), Weber (weberiano), Thatcher (thatcherismo).