2022 Com Mais Redes Sociais Locais

Publicado em políticas públicas

Ana Castro, Cosette Castro & Convidado

Brasília – 2022 será um ano de estimular a esperança e a mudança.

Nesta primeira semana do ano, trazemos para o Blog a experiência  de Everardo Aguiar, autor do livro Redes Sociais Locais, lançado em 2021. Ele conta os quase 16 anos das Redes Sociais Locais (RSL) no Distrito Federal. Experiência que desafia as tradicionais formas de organização e mobilização para implementar políticas públicas.

Everardo Aguiar – “Acredito que o caminho é o afeto. Ele pode gerar efetividade nas políticas públicas e gerar boa governança.

Existem pelo menos seis sistemas que deveriam ter como único propósito alcançar quem mais precisa do Estado. São eles:  o Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), o Sistema de Educação, o Sistema de Justiça e Segurança Pública e o Sistema de Transporte Coletivo.

Esses sistemas desenvolvem uma cultura de planejamento de forma hierárquica,   estratégica e isolada. Mas a maioria produz políticas públicas fragmentadas que causam obstáculos para a sua implementação em todo país. Brasília não é diferente.

Desde 2006 vários servidores públicos do Governo Federal (GF), do Governo do Distrito Federal (GDF) e moradores da região perceberam que era necessário potencializar experiência coletivas. A proposta era (e ainda é)  alcançar as populações que mais precisam do cumprimento da lei garantindo que políticas públicas  – em teoria muito boas – sejam colocadas em prática. É nesse período que surgem as Redes Sociais Locais.

Um dos exemplos de políticas públicas  é o Bolsa família ( antes de ser totalmente modificado) e o Benefício de Prestação Continuada  (BPC).

Uma vez por mês, a cada ano,  pessoas com conhecimento sobre  políticas públicas e pessoas que exercitam sua cidadania local passaram a se encontrar para compartilhar suas dúvidas. Elas mostram os limites da efetivação dessas políticas pelo Estado.

Isso ocorre na medida em  que existem um déficit de equipamentos públicos, de servidores, de insumos e, principalmente,  do não reconhecimento do fluxo (e contexto) local.

Necessidade de equipamentos públicos,  de  profissionais suficientes e compromisso moral e ético profissional que estão na execução dessas políticas públicas. Estes  são os principais motivadores do surgimento das Redes Sociais Locais em várias regiões administrativas do DF, um ambiente, horizontal, colaborativo e afetivo  cujo  propósito é efetivar as políticas públicas.

Essa experiência viva pode ser materializada em  fluxos de funcionamento baseados na vivência local. Mesmo que,  em tempos de pandemia,  tenha se tornado possível apenas no mundo virtual, como ocorreu em novembro de 2021.

Mais de 1.500 pessoas estiveram,  de forma afetiva e voluntária, dialogando e colaborando sobre cinco  temas. São eles: saúde e saúde mental, gênero e violência, envelhecimento ativo, crise de insegurança alimentar e nutricional e educação na pandemia.

As sugestões foram posteriormente encaminhadas aos setores competentes. E estaremos acompanhando sua efetivação e sustentabilidade”.

Nós, do Coletivo Filhas da Mãe acreditamos na importância do diálogo e do afeto para formação de Redes. Sejam elas locais ou nacionais. Presenciais ou virtuais. Como diz Everardo Aguiar, Redes Sociais Locais  geram afeto e podem efetivar políticas públicas.

 

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