O ex-secretário-geral da Câmara Legislativa Valério Neves foi interrogado na manhã desta segunda-feira (29) pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba. Valério, que também está sob investigação na Operação Drácon, é réu em uma ação penal por supostamente atuar como operador do ex-senador Gim Argello na Operação Lava-Jato. Diante de Moro, Valério explicou sua relação com Gim e contou que conhece o ex-senador de Taguatinga, onde ambos moraram. Valério Neves negou ter participado de reuniões com empresários para definir valores de doações ou ter transportado dinheiro em espécie. Ele esclareceu à Justiça que, em 2014, trabalhou na coordenação política e na contabilidade da Coligação União e Força, cujo candidato ao governo era José Roberto Arruda. Gim Argello era o candidato ao Senado do grupo. “Fui designado pela coligação para fazer a parte de recibo eleitoral” explicou Valério ao juiz Sérgio Moro. “Eu não tenho nada a ver com essa história, nunca me foi informado a origem de nada”.
Valério Neves explicou que esteve na UTC Engenharia duas ou três vezes. “Uma vez, quando conheci o dr. Ricardo Pessoa, foi um encontro de 15 minutos. Levamos dados de pesquisas e as contas do partido. Ele olhou, fez um calendário de doações e escreveu em um papel os valores e os dias. Depois tratamos com Valmir Pinheiro”, contou o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa. Questionado pelo magistrado se havia participado de reunião dos empresários Júlio Camargo e Leo Pinheiro com Gim Argello, Valério disse que esteve em uma casa durante um encontro dos empreiteiros com o ex-senador. “Mas ficamos em outro ambiente e não participamos da conversa”, esclareceu.
O réu declarou ainda que tratou com Júlio Camargo a respeito de uma doação de R$ 2 milhões. “Tratei com ele duas vezes”, explicou Valério. “Eu não tinha função de discutir valor ou de cobrar valor”. Ele afirmou ainda não ter conhecimento sobre a possível origem ilícita dos recursos. “Nunca soube de CPI da Petrobras, não conheço ninguém da CPI da Petrobras”, disse. Valério explicou que só pensou no assunto depois que as denúncias vieram à tona. “Depois tivemos suspeita de que poderia haver alguma coisa. Mas certeza, nunca.”
O juiz Sérgio Moro quis saber informações sobre a doação de R$ 350 mil da OAS à Paróquia São Pedro, comandada pelo Padre Moacir. “Nunca vi o Padre Moacir, nunca falei com ele na minha vida, nem pessoalmente, nem por telefone”, garantiu Valério.
Coluna Eixo Capital, publicada em 23 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) A…
Coluna Eixo Capital, publicada em 23 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) O…
Coluna Eixo Capital publicada em 22 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni O Ministério…
Coluna Eixo Capital, publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni (interino) Um…
Coluna Eixo Capital publicada em 21 de novembro de 2024, por Pablo Giovanni Um áudio…
Da Coluna Eixo Capital, por Pablo Giovanni (interino) Um relatório da Polícia Federal, que levou…