Deputados acusados de envolvimento na Operação Drácon deixam a CPI da Saúde

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Isa Stacciarini

Investigado na Operação Dracon, o deputado Cristiano Araújo (PSD) pediu afastamento provisório do cargo de vice-presidente da CPI da Saúde da Câmara Legislativa do DF. Na justificativa o parlamentar esclarece que tomou a atitude “a fim de que essa comissão continue trabalhando com isenção e imparcialidade, até que os esclarecimentos dos fatos que envolvam o meu nome”.

A sobra de emenda parlamentar no fim do ano passado, no valor de R$ 31 milhões, seria destinada à reforma de escolas da rede pública, mas R$ 30 milhões acabaram sendo liberados para dívidas do Governo do Distrito Federal (GDF) com empresas de UTIs em gestões passadas. A então vice-presidente da Casa, Liliane Roriz (PTB), começou a gravar a presidente afastada da Câmara, Celina Leão (PPS), e o então secretário-geral, Valério Neves Campos, preso na operação Lava-Jato.

Na gravação com Valério, ele diz a Liliane que os deputados bispo Renato Andrade (PR), 3º secretário afastado da Mesa Diretora, e Júlio César (PRB), 2º secretário também afastado, tentaram “um negócio” com o presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Afonso Assad. Na conversa, Valério conta que o empresário havia dito que “não tinha jeito”, em alusão a propina. Ainda na mesma ocasião, ele esclarece que o deputado Cristiano Araújo (PSD) conseguiu “o negócio das UTIs, onde teria jeito”, o que explicaria a mudança de destinação da sobra da emenda parlamentar.

O deputado Julio Cesar também comunicou nesta segunda-feira (29) o seu licenciamento temporário como membro titular da CPI da Saúde. Segundo ele, a medida é “para que a CPI continue trabalhando com seriedade e imparcialidade, como tem sido conduzida desde o início das apurações.”

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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