A saúde tem sido o tema mais importante de todas as campanhas eleitorais e o ponto fraco dos últimos governos. Alvo da Operação Falso Negativo, a atual equipe da saúde experimenta um desgaste que outros enfrentaram.
No governo anterior, houve a UTIGate, com a liberação de recursos para uma emenda parlamentar considerada picareta com o suposto envolvimento do diretor do Fundo de Saúde, Ricardo Cardoso.
Do governo Agnelo Queiroz, há várias ações judiciais envolvendo o ex-secretário Rafael Barbosa. Na gestão de Joaquim Roriz, foi a vez das investigações contra o secretário à época Arnaldo Bernardino com o Hospital Santa Juliana.
No mandato de José Roberto Arruda, o problema estava relacionado na montagem de UPAs e o ex-secretário-adjunto Fernando Antunes.
Até deputados da oposição acreditam que o governo vai conseguir retirar uma das 13 assinaturas para instalação da CPI da Pandemia. O presidente da Câmara, Rafael Prudente (MDB), ao decidir levar o tema para o colégio de líderes na próxima terça-feira abre espaço para o governo trabalhar.
No bastidor da política, o distrital Reginaldo Sardinha (Avante) foi apelidado de tubarão. É difícil cair na rede e morde forte. Trata-se de uma brincadeira pelo fato de o deputado, que integra a base do vice-governador Paco Britto, dar trabalho como se fosse da oposição.
Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, o DF tem 3.055.149 habitantes. Nesse quesito, está na frente de sete estados: Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. No que se refere à covid-19, a capital ganha, em número de mortos, de 12 estados.
Uma comparação com estados como Minas Gerais mostra como estamos mal no combate à covid-19. Com 21.292.666 habitantes, Minas conta 4.948 óbitos e uma incidência de 23,4 óbitos a cada cem mil habitantes. No DF, a proporção é de 79,6, segundo dados do portal do Ministério da Saúde. Três vezes maior. Em mortalidade, o DF só perde para Roraima (96,1), Ceará (91,4), Rio de Janeiro (90,9) e Amazonas (86,9). Proporcionalmente, tem mais mortos do que
22 estados.
O Tribunal de Contas do DF ainda vai julgar o mérito da representação de autoria do Sindilab (Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas do DF). A entidade contesta contratos com fornecedores de testes de covid-19. O caso está sob a relatoria do conselheiro Inácio Magalhães.
Preso preventivamente na Operação Falso Negativo, o médico Eduardo Hage, subsecretário afastado de Vigilância à Saúde, despertou uma corrente de solidariedade entre professores universitários e parlamentares. Foi criada uma vaquinha virtual para pagar o infectologista. Até ontem, os amigos conseguiram juntar R$ 40 mil. O advogado contratado já entrou com habeas corpus no STJ.
Na mensagem de seu WhatsApp, o médico Eduardo Hage escreveu: “Estamos atentos, para sobreviver”.
R$ 22.232.289,39
Foi o valor destinado às empresas Luna Park e Biomega, investigadas na Operação Falso Negativo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em suposto esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel na compra de testes para covid-19. Para a Luna Park, o montante pago foi R$ 3,6 milhões. A Biomega recebeu R$ 18.632.289,39.
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